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"Não existe ideologia alguma nem no Brasil nem na PB”, avalia deputado do MDB ao relatar que seu partido não é fisiologista

Para Raniery Paulino (MDB), deputado estadual reeleito, o sistema proporcional, antes de representar a união de bandeiras, é um pacto com fins eleitorais.  “Defendo o sistema proporcional, onde várias pessoas que tenham semelhança, seja através de um partido ou de bandeiras, se agrupem para fazer sua vaga. Digamos que os professores da Paraíba, por exemplo, se filiem a um partido, vários sejam candidatos, façam o quociente eleitoral e o mais votado entre eles seja eleito. O que sou contrário é a coligação, que acho que é prejudicial aos partidos, hoje existe uma pulverização dos partidos muito em virtude disso”, disse.

 

Na avaliação do emedebista, a junção dos coligados, antes de fomentar pautas, cria aberrações. “Hoje não existe ideologia alguma nem no Brasil nem na Paraíba. Existe um 'frankenstein ideológico'. O governador é do PSB, mas o chefe da Casa Civil é da 'Arena', dos Democratas. É 'água' e 'vinho' que se juntaram não por um viés ideológico, mas viés de ganhar eleição. Isso vem empobrecendo cada vez mais a atividade política”, destacou Paulino.

 

O deputado acredita que, enquanto prevaleceu a lógica das coligações, o sistema eleitoral esteve infectado por ideais incompatíveis com o objetivo da política. “É um sistema que contribui para o 'toma lá dá cá', é fisiologismo puro. O centrão tem vivido disso. Meu partido, o MDB, nacionalmente tem se caracterizado por um viés fisiologista. Torço muito para que o MDB fique na oposição. Dos 12 anos que sou deputado, passei 1 ano e 10 meses na situação, os demais fui oposição. E estou vivo e reeleito. É digno ser oposição e é digno ser governo, faz parte do processo. Agora o ‘toma lá dá cá é ruim’”

 

 

Redação

 


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