Netinho atribui derrota a preconceito e cogita cargo com Dilma

O vereador de São Paulo Netinho de Paula (PCdoB), derrotado na campanha ao Senado Federal, disse ter sido vítima de preconceito da cobertura de imprensa, que qualificou como "parcial", o que acabou lhe deixando em terceiro lugar na corrida. Após a derrota, o ex-pagodeiro afirma que se engajará na campanha da ministra Dilma Roussef e cogitou ocupar um cargo em seu eventual governo. "Posso e pretendo participar da forma que a Dilma achar melhor", disse.

De acordo com o ex-pagodeiro, a agressão à sua ex-mulher em 2005 teve uma menção indevida por ser fato antigo, pessoal e não representar denúncia de algo desconhecido da população. "A imprensa, do início da minha candidatura até o final, nunca discutiu uma proposta do que eu pensava para o Senado", declarou.

Outro episódio destacado pelo vereador foi a invasão da polícia à sua casa durante o período eleitoral. Segundo Netinho, policiais entraram em sua mansão em Alphaville, na região metropolitana da capital paulista, no mês de setembro, sem mandado judicial. O vereador se queixa de que as notícias do fato acabaram dando um prejuízo na disputa.

"A imprensa dava manchete ‘polícia invade casa de Netinho’ em pleno processo eleitoral, isso é vergonhoso, é escandaloso, é feio", disse. Questionado sobre o futuro político, Netinho afirmou que irá participar da campanha de Dilma não apenas em São Paulo como também em outros Estados.

Ele afirmou ainda ter sido procurado pelo presidente Lula, que teria lhe parabenizado pela votação e dito que "nunca antes na história deste país" um negro havia sido tão votado e que era "muito importante que isso tivesse acontecido no seu governo.
 

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