O Senado começou a analisar, por volta das 10h desta quarta-feira (11), o pedido de cassação de Demóstenes Torres (sem partido-GO), acusado de ter ligação com a organização criminosa do bicheiro Carlinhos Cachoeira. O primeiro a falar na sessão foi o senador Humberto Costa (PT-PE), relator do processo contra Demóstenes no Conselho de Ética. Em seu discurso, Costa voltou a defender a perda de mandato do senador. Para ele, Demóstenes sabia da atuação de Cachoeira e defendeu seus interesses em diversos órgãos públicos.
"Disse Vossa Excelência que era contra a aprovação da legalidade dos jogos de azar. No entanto, quando foi presidente da CCJ [Comissão de Constituição e Justiça], deixou dormitando por dois anos projeto que era contra os jogos", disse Costa. O relator afirmou ainda que, por Cachoeira, Demóstenes atuou junto ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), entre outros.
Costa criticou os pronunciamentos feitos por Demóstenes no plenário na última semana. “Sua excelência produziu algumas peças de retórica que são verdadeiras pérolas. Disse que mentir não é quebra de decoro.”
Para o relator, era impossível que o senador não soubesse da atuação de Cachoeira, já que ele tinha sido ouvido na CPI dos Bingos e indiciado por seis crimes. “São inúmeros fatos que comprovam, lamentavelmente, tristemente, que o senhor quebrou o decoro parlamentar”, afirmou Humberto Costa. "Não é aceitável que um senador tenha suas contas pagas por quem quer que seja, ainda mais por um conhecido contraventor", disse o relator em referência ao rádio Nextel dado por Cachoeira a Demóstenes.
Após o discurso de Costa, tomou a palavra o senador Pedro Taques (PDT-MT), relator do processo na CCJ. Taques defendeu a legalidade do relatório contra Demóstenes e disse que ele "adotou postura incompatível com a conduta poarlamentar, ferindo de morte a postura que deve ter o parlamentar". Segundo o senador do PDT, Demóstenes teve seus direitos de defesa garantidos.
No início da sessão, os senadores decidiram dar 20 minutos para cada relator expor seus argumentos. No dia anterior, os líderes haviam acertado apenas 10 minutos, mas concordaram em ampliar o tempo após pedido feito por Humberto Costa.
Por volta das 10h, 48 senadores estavam presentes no plenário. São necessários os votos de pelo menos 41 para a cassação de Demóstenes. Vários parlamentares vão falar durante a sessão. Demóstenes, que está acompanhado do advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, deve fazer o último discurso.
Revista Época
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