A nova decisão da Justiça Eleitoral envolvendo o futuro nacional do PROS deve ganhar desdobramentos na Paraíba. Isso porque, por maioria de votos, 4 x 3, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) confirmou a decisão liminar concedida no último dia 05 pelo ministro Ricardo Lewandowski que determinou o retorno de Eurípedes Gomes ao cargo de presidente nacional do Partido Republicanos da Ordem Social (PROS).
Na ação Eurípedes argumentava que a falta de reconhecimento dele como presidente da legenda tinha impactos diretos no processo eleitoral, podendo resultar em consequências irreversíveis, como a anulação de convenções e o indeferimento das candidaturas e coligações da legenda para as eleições 2022, inclusive nos estados, como é o caso da Paraíba.
Em seu voto, o ministro Lewandowski ressaltou que a jurisprudência do TSE é no sentido de que a justiça eleitoral possui competência para apreciar as controvérsias internas de partidos políticos. A decisão acontece depois que o ministro Alexandre de Moraes devolveu o comando do partido na Paraíba a Adauto Lourenço, ligado ao ex-presidente nacional da sigla, Marcos Holanda, que foi destituído da função.
Agora o ex-presidente do partido na Paraíba, Gilvan Raposo, espera retomar o comando da legenda, tendo em vista que Eurípedes foi mantido no comando da agremiação em âmbito nacional, fazendo com que a sigla permaneça alinhada ao projeto de reeleição do governador João Azevêdo. Segundo Raposo, ainda hoje ele e sua equipe jurídica irão impetrar um agravo de instrumento para retomar o comando da legenda no estado.
“A decisão retoma o direito do Eurípedes de continuar na presidência do partido. Já a nível estadual o partido deve estar impetrando hoje um agravo de instrumento para me recolocar de volta à presidência da executiva estadual na Paraíba”.
Raposo disse acreditar que a justiça eleitoral deverá julgar o recurso com brevidade, tendo em vista a proximidade do pleito.
PROS EM DUAS COLIGAÇÕES
Devido a esse imbróglio, o PROS na Paraíba, atualmente, aparece registrado em duas coligações, ou seja, tanto na encabeçada pelo governador João Azevêdo (PSB), sob a orientação do ex-dirigente Gilvan Raposo, que tenta retomar o comando da sigla, quando na coligação de Pedro Cunha Lima (PSDB), com a tutela do atual presidente, Adauto Lourenço
“A nova decisão do TSE que deu a Eurípedes de volta o comado da executiva nacional deve ter reflexos junto ao TRE da Paraíba e é necessário que haja reflexos, agora aguardamos a decisão para retomarmos o controle da legenda aqui na Paraíba, a mantendo na base do governo”, explicou.
As informações repercutiram no programa Arapuan Verdade nesta quinta-feira (11).
PB Agora
