O Brasil estagnou. Pelo menos a máquina pública está em estado de notória letargia, sem ânimo, não esboça reação. Nada acontece, nada avança. Pior: aos poucos perdemos capacidade de competitividade, de atrair investimentos enquanto caminhamos para lugar nenhum e nossas esperanças vão se esvaindo…
O que é mais esperado de qualquer novo governo? Ora, pelo menos o anúncio de medidas que causem, senão impacto, mas algum tipo de impressão de que a nova gestão vem disposta a fazer alguma coisa, que acende com um despertar de confiança na população. O chamado arrumar a casa.
Medidas de impacto sobretudo na área de segurança pública era tudo que se esperava logo no início do governo do Messias. Havia até quem acreditasse que bastaria o novo governante sentar na cadeira presidencial o "merthiolate iria arder para os bandidos". Nada.
Até agora, o que de fato se viu foi uma série de lambança; o governo batendo cabeças; um presidente sem encontrar a ponta do novelo e, ainda para complicar, cercado de três filhotes deslumbrados que pensam que a Presidência da República é a cozinha de suas casas. Detalhe: os bichinhos têm status de superministros: têm carta branca e podem tudo…
Não é à toa, portanto, que, em menos de dois meses de governo, este já enfrenta a sua primeira grande crise política e uma possível queda de ministro (até o momento em que escrevia está coluna, o ministro Gustavo Bebianno ainda se mantinha no posto e o Diário Oficial da União não havia trazido a esperada exoneração). Enquanto isso, o Brasil permanece literalmente parado; quase nada funciona; os investidores se retraem no quadro de incertezas; a indústria não dá sinais de avanço. Muito pelo contrário, o que vemos é sua engrenagem cada vez mais lenta. A economia, claro, anda no mesmo ritmo e os prejuízos só se acumulam.
Por aqui
Na Paraíba, no que pese a situação privilegiada decorrente de oito anos de boa gestão do ex-governador Ricardo Coutinho, as coisas não andam tão ruim assim, mas também não evoluem.
E não evoluirão enquanto o novo governador, João Azevedo, não adquirir a plena autonomia de atitudes que qualquer governante precisa ter.
Mas aí é outra história, e disto falaremos depois…
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