Já está em território brasileiro o novo avião modelo King Air B-200 (na foto acima, à esquerda), de fabricação norte-americana, ano 2010, importado dos Estados Unidos para São Paulo, onde aguarda receber seu prefixo concedido pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e poder voar pelos céus da Paraíba até o Hangar do Estado, no aeroporto Castro Pinto, em João Pessoa.
King Air no lugar do Cheyenne
O B-200 vai substituir o antiquado Cheyenne 3 (na foto acima, à direita), também importado dos EUA em 1992, pelo então governador Ronaldo Cunha Lima (PSDB), após a aeronave fabricada em 1987 ter sido adquirida numa feira de aviação e haver sobrevivido mediante constantes manutenções técnicas até o terceiro governo de José Maranhão (PMDB), finalizado em 2010.
Xingu substitui o velho Sêneca
O Estado também utiliza atualmente – mediante empréstimo feito pelo ministério da Integração Nacional com duração de cinco anos, a custo zero – um avião Xingu 2 (na foto abaixo, à direita), fabricado pela Embraer, que serviu muito tempo à Sudene. Ele já está sendo usado nas viagens feitas pelo governador Ricardo Coutinho (PSB) às cidades localizadas no interior paraibano.
AERONAVES ATUAIS QUE SERÃO DESATIVADAS
Fabricante: Piper – Modelo: Cheyenne III – Ano: 1987 – Valor: U$ 1.050.000,00 – Prefixo: PP-EPB
Fabricante: Embraer – Modelo: Sêneca V – Ano: 1997 – Valor: U$ 980.000,00 – Prefixo: PP-EPG (na foto abaixo, à esquerda)
DADOS SOBRE TURBOÉLICE DO GOVERNADOR
O King Air B-200 nasceu na cidade de Winchita, no Estado do Kansas, onde fica localizada a sede da empresa, no início da década de 1970, e posteriormente, na década de 1980, recebeu a denominação definitiva, com fuselagem alongada para acomodar 6 ou 7 passageiros, incluindo nela mais uma opção de galley (comissaria de bordo ou frigobar) compacta para água, sucos e refrigerantes.
Para atender os mercados de alto poder aquisitivo norte-americano e europeu, compostos basicamente de agropecuaristas que precisavam de um tipo de transporte confortável e rápido, mas sem abrir mão da flexibilidade operacional para pousar e decolar em pistas curtas, o fabricante Beechcraft disponibilizou a motorização Pratt & Whitney com potência aumentada nos dois motores turbinados.
A flexibilidade de pousar e decolar em pistas curtas, feitas de barro, grama ou asfalto, com obstáculos próximos às cabeceiras e prolongamentos muito pequenos (pouca área de escape em caso de acidentes) é o motivo pelo qual muitos desses clientes acabam optando pelo avião do tipo turboélice, já que os jatinhos, em geral, têm limitações técnicas neste sentido.
É consenso no meio aeronáutico que, do ponto de vista econômico, os aviões turboélice são mais vantajosos que os aviões a jato em viagens de até 500 quilômetros (distancia média entre João Pessoa e Cajazeiras, por exemplo).
Neste sentido, somente em viagens de mais de 750 quilômetros é que os aviões a jato são mais vantajosos, com o benefício de alcançarem maior velocidade de cruzeiro e que os turboélices não conseguem alcançar.
FICHA TÉCNICA DO EQUIPAMENTO
Fabricante: Beechcraft – Modelo: King Air B-200 – Ano: 2010 – Valor: U$ 5.200.000,00 (novo) – Capacidade de transporte: 7 a 9 passageiros – Custo aproximado para revenda a terceiros em 2ª mão: US$ 1,8 milhão (usado e em bom estado de conservação) – Velocidade máxima: 540 km/horas – Altitude máxima de voo: 10.000 metros (30 mil pés) – Pista mínima para decolagem 1.350 metros – Alcance (autonomia de voo): 2.100 km.
AERONAVE EMPRESTADA PELA SUDENE
O EMB-121 Xingu de prefixo PT-FAX é uma aeronave turboélice para uso executivo produzida a partir da década de 1970 pela Empresa Brasileira de Aeronáutica, em São José dos Campos-SP, projetada para viagens interestaduais e internacionais, com capacidade para transportar confortavelmente seis ou sete passageiros, incluindo um toalete básico.
O design dessa aeronave foi criado pelos engenheiros da Embraer, que aproveitaram o projeto das asas e motorização do turboélice EMB-110 Bandeirante (projetado para uso no transporte regional de passageiros), mas a fuselagem do avião Xingu é completamente nova. Uma versão modificada, mais silenciosa, o EMB-121A1 Xingu II, foi introduzida em 1981, com um motor mais potente.
Hoje ele está fora de linha, mas ao final da produção do modelo, em agosto de 1987, a Embraer havia produzido 106 unidades, sendo que 51 foram exportados. Atualmente a Força Aérea Francesa tem o maior número de EMB-121 em atividade, com 43 aviões em serviço.
Na Força Aérea Brasileira, apenas o 6° ETA, sediado na Base Aérea de Brasília-DF, possui EMB-121 Xingu. As três aeronaves em operação são utilizadas para transporte de autoridades governamentais e para apoio ao VI Comando Aéreo Regional.
Especificações de voo e Características Técnicas
Tripulação: Piloto e co-piloto (um mecânico também compõe a tripulação básica na Força Aérea Brasileira e na Sudene) – Capacidade de transporte: 8 passageiros – Comprimento: 12,25 metros – Envergadura: 14,45 metros – Peso Máximo de Rampa: 5.700 kg – Capacidade Total de Combustível: 1.720 litros (querosene de aviação, apelidada de “gasolina azul”).
Desempenho durante navegação aérea
Velocidade Máxima: 465 km/h – Alcance: 2.278 km (autonomia de voo) – Teto de serviço: 26.000 pés de altitude (cerca de 8.600 metros).
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