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Pouquíssima gente sabe – ou se lembra – que o engenheiro Nilton Pereira de Andrade (na foto acima, do lado esquerdo), recém-empossado como novo superintendente de Transportes e Trânsito de João Pessoa, foi orientador da tese de Mestrado na UFPB do próprio prefeito Luciano Agra (PSB, na foto acima, do lado direito) e que ele mesmo já trabalhou (em 1998) para o senador tucano e ex-prefeito da Capital, Cícero Lucena (PSDB), numa conjuntura político-administrativa completamente diferente da situação atual.
Novo superintendente criou a ST-Trans
Ele foi um dos técnicos convidados por Cícero para implantar em regime de urgência o embrião inicial da ST-Trans, quando o então governador José Maranhão (PMDB), resolveu – de repente, num gesto meio tresloucado, de rapidez alucinante – municipalizar o trânsito da cidade, de uma hora para outra, amanhecendo todas as ruas com os sinais desligados e sem nenhum guarda para orientar o fluxo de veículos, porque os policiais militares da CP-Tran simplesmente desapareceram das avenidas principais do Centro e dos bairros.
Municipalização gerou caos tremendo
Naquele dia, há 13 anos, o próprio Cícero saiu em caminhada, do prédio da antiga prefeitura, localizado no Varadouro (atualmente desativado), para tentar evitar o caos total, junto com meia dúzia de futuros Agentes Municipais de Trânsito, que longe de serem os atuais “Amarelinhos” fardados, de capacete, motocicletas e bem equipados com luvas, botas especiais, cotoveleiras, etc, apenas trajavam uma camisa branca de malha com o brasão municipal adesivado na altura do peito, calças jeans e tênis de borracha.
Excelente currículo acadêmico
Voltando ao novo diretor-superintendente da ST-Trans: ele é professor-doutor e subchefe do departamento de Engenharia Civil e Ambiental do CT – Centro de Tecnologia da UFPB, tendo participado recentemente da comissão organizadora da 2ª Conferência Municipal das Cidades, realizada ainda na gestão do ex-prefeito e atual governador Ricardo Coutinho (PSB).
Pesquisador e escritor premiado
Nilton obteve o 1º lugar no concurso de monografias intitulado “A Cidade nos Trilhos”, promovido pela gerência local da CBTU – Companhia Brasileira de Trens Urbanos, em 2007, escrevendo em parceria com a paisagista Aida Aquino (co-autora do trabalho de pesquisa) sobre o seguinte tema: Integração entre Trens e Bicicletas como Elemento de Desenvolvimento Urbano e Sustentável.
Longa carreira administrativa
Quanto a José Luciano Agra de Oliveira, ele é formado em arquitetura pela UFPE e tem mestrado em Engenharia Urbana na UFPB. Dentre os cargos que já ocupou destacam-se os de diretor técnico da Companhia de Pró-Desenvolvimento de Campina Grande, secretário-executivo da Comissão Estadual de Gerenciamento Costeiro e coordenador da Câmara Especializada de Arquitetura do CREA/PB, além de ter atuado como arquiteto nas prefeituras de João Pessoa e Campina Grande e também no governo do Estado da Paraíba, antes de se tornar político.
Governo viabiliza VLT e BRT
Agora, o Estado quer implantar o Sistema de Veículos Leves sobre Trilhos (VLT) entre os municípios de Santa Rita e Cabedelo, além do Sistema BRT (Bus Rapid Transit – formado por veículos articulados que trafegam em vias específicas) na Capital, em parceria com a prefeitura de João Pessoa, sendo ambos financiados pelo PAC – Programa de Aceleração do Crescimento da Mobilidade Urbana. Os recursos federais para viabilização da melhoria do trânsito na região metropolitana de João Pessoa estão orçados na ordem de R$ 280 milhões.
Orçamento inclui mega-viaduto
Ricardo Coutinho ainda quer sensibilizar o Ministério das Cidades no sentido de financiar uma intervenção na zona sudoeste da cidade, com a construção de um amplo viaduto interligando os bairros do Ernesto Geisel, Colinas do Sul, Funcionários e adjacências, à Zona Sul da cidade (principalmente os conjuntos de Mangabeira e Valentina de Figueiredo), através da implantação do futuro “Corredor Dois de Fevereiro”, que será incluído no projeto a ser elaborado pela equipe técnica do secretário-executivo de Obras do PAC na Paraíba, Ricardo Barbosa (ex-deputado estadual do PSB).
Colombianos são os pioneiros
Este projeto BRT (Ônibus de Trânsito Rápido) a ser adotado nos próximos anos pela prefeitura da Capital é inspirado no sistema de transporte coletivo de Bogotá, na Colômbia. Esta informação foi trazida para território paraibano por uma comitiva de empresários brasileiros do ramo de transportes coletivos urbanos, que visitaram a capital colombiana justamente para conhecer de perto a iniciativa pioneira.
Empresários enfrentam estudantes
E por falar na AETC-JP (Associação das Empresas de Transportes Coletivos de João Pessoa), a direção da entidade decidiu que só mandará representantes para participar da audiência pública marcada para acontecer na Câmara Municipal, no próximo dia 7 de abril, para discutir a planilha de custos em torno da tarifa de R$ 2,10, atualmente em vigor, se não houver manifestação barulhenta e vaias em plenário, partindo de grupos organizados que fazem parte do Movimento Estudantil secundarista e universitário, como o DCE da UFPB e o Grêmio do Lyceu, por exemplo.
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Limite para meia-passagem
O diretor-executivo da instituição, Mário de Almeida Tourinho (na foto acima) revelou que a recarga dos cartões relativos ao “Passe Legal” utilizados pelos estudantes de João Pessoa, será validada pela legislação vigente no valor de até R$ 30,00 por semana, já que o limite mensal de franquia em 50% no preço das passagens é de 120 viagens, nos coletivos.
Recarga de cartão pela Internet
O mesmo procedimento será utilizado para estudantes que fizerem a recarga via online (pela Internet), com o crédito sendo feito no sistema de recarga a bordo dos próprios ônibus, após o devido pagamento dos boletos impressos por computador, em qualquer agência bancária ou correspondentes financeiros, como os postos de atendimento do Pague-Fácil (antigo Multibank) e casas lotéricas.
Estado incorpora modelo-padrão
Mário Tourinho também me disse, que cerca de 95% das empresas de João Pessoa que fornecem vales-transporte aos seus funcionários, já usam a recarga eletrônica feita através do “Passe Legal”. Este mesmo tipo de projeto-piloto deverá ser também adotado pelo Estado, através do DER e empresas de ônibus intermunicipais, no chamado programa “Paraíba Integrada”, baseado nos mesmos moldes do sistema já utilizado pela ST-Trans e AETC-JP, na Capital.
