A propósito do áudio divulgado nesta coluna sobre uma conversa reservada do prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, e os secretários Adalberto Fulgêncio e Diego Tavares, mais duas questões, além das que levantei ontem, carecem de resposta. Do ponto de vista do interesse geral dos contribuintes, o que é mais necessário o Ministério Público investigar: o conteúdo da conversa sobre o dinheiro púbico em questão ou quem arapongou o áudio?
Antes, um parêntese: É bom que fique muito claro que, em nenhum momento, este colunista afirmou que tal conversa entre o prefeito de João Pessoa e seus auxiliares configurava qualquer ato de irregularidade, negociação de propina ou coisa que o valha. Apenas, se achou no direito de divulgar uma conversa, de clareza duvidosa, que envolvia dinheiro público, formas de pagamento e uma aparente porcentagem de bate-volta. Faço este registro porque em outros espaços que repercutiram a coluna, “carregou-se nas tintas” e nas manchetes, num tom de quase condenação prévia, o que não é o nosso caso.
Pois bem, no desdobramento dos fatos, foi noticiado que o prefeito Cartaxo haveria acionado o Ministério Público, no mesmo dia, pedindo abertura de investigação para apurar a atuação de uma suposta rede de arapongagem que, produziria materiais caluniosos e difamatórios, contra os agentes públicos da administração Municipal.
À gestão Municipal e, provavelmente, só a ela interessa saber se houve arapongagem e quem são os seus autores. A nós outros, cidadãos pobres mortais, asfixiados financeiramente pelos impostos pagos ao erário, o que interessa mesmo saber é se o Ministério Público vai investigar o conteúdo da conversa; que tipo de relação tem as empresas citadas, no diálogo, com a Prefeitura; O que significava efetuar-se o pagamento a “a” ou “b”, através deste ou daquele órgão, em busca de alcançar percentuais, que não ficam muito claros; e, afinal, se a destinação de tão generoso volume de recursos públicos tinha como finalidade atender aos interesses dos munícipes.
É oportuno lembrar que nem o prefeito ou os seus auxiliares negaram haver participado da conversa gravada, tampouco, comentaram o seu conteúdo. Dá a entender, portanto, que legitimaram a gravação, embora reclamando, apenas, da suposta arapongagem.
O colunista arrisca sugerir ao prefeito que mande investigar se o araponga não estava na conversa, munido de um celular produzindo a gravação. Quem ouve o áudio percebe que, em alguns trechos, o volume da audição diminui bastante a procedimentos paralelos e automáticos do aparelho, coisa semelhante a aviso de chegada de mensagem via Whatsapp, SMS ou coisa que o valha. Isto, porém, é apenas uma dedução e não uma conclusão em si. Cabendo, portanto, a uma eventual perícia a palavra final.
Wellington Farias
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