Você reparou que durante os 30 dias do mês de junho pouco ou quase nada se falou sobre a crise hídrica de Campina Grande? Neste período, a cidade viveu um clima de festa que serviu, também, para que esquecêssemos um pouco o problema da crise hídrica que assola Campina e os outros municípios abastecidos pelo Açude Epitácio Pessoa (Boqueirão).
Passado o período festivo, os olhares se voltam, novamente, para o problema. E Boqueirão só perde água e já está com 35.118.098 metros cúbicos armazenados, o que corresponde a apenas 8,5% de sua capacidade total de armazenamento, que é de 411.686.287 metros cúbicos.
A situação é crítica. Ainda mais porque o mês de junho se foi e o açude não pegou água nova. As chuvas foram muito tímidas e, de acordo com as previsões climáticas, não há sinais de que possa vir um dilúvio por aí.
A esperança mesmo recai sobre a transposição de águas do rio São Francisco que, segundo o governo, tem as suas obras aceleradas, de vento em popa. A previsão é de que me dezembro a obra seja finalizada. Depois, vem um tempo de aproximadamente dois ou três meses para que os canais possam começar a ser abastecidos e tenhamos água da transposição por aqui.
Isso significa que, talvez, só possamos pensar em água do São Francisco lá para março do ano que vem. A grande pergunta que fazemos agora é: o volume de Boqueirão será suficiente para segurar até lá? Será que vai chover pelo menos o suficiente para que Boqueirão pegue mais algum volume e nos garanta o ‘precioso líquido’ até março?
Rezemos, então…
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