“O senador José Maranhão (MDB) faleceu”. Essa “fantasia” maléfica hoje chamada de fake news é um exemplo clássico das notícias falsas, em bom português. E a do emedebista causou dor e sofrimento para a família e à própria sociedade paraibana.
A dita foi disseminada na última segunda-feira (18), provavelmente por um sádico (a) a fim de ter vantagens obscuras com a notícia falsa. Um crime que, por falta de dispositivos legais, buscam os legisladores do Direito utilizarem dispositivos penais correlatos para processar quem propaga as informações inverídicas.
Projetos de Lei tramitam no Congresso para que tais expedientes sejam tipificados como atos criminosos, cujo apogeu nas redes sociais foi iniciado no governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), estando como suposto mentor de tal “distúrbio” seu filho, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), que foi reeleito para o cargo eletivo da Capital do Rio de Janeiro no pleito de 2020.
E sigamos adiante
Mas afinal, o que é a chamada fake news? São notícias falsas publicadas por veículos de comunicação ou em redes sociais como se fossem informações reais. Esse tipo de texto, em sua maior parte, é feito e divulgado com o objetivo de legitimar um ponto de vista ou prejudicar uma pessoa ou grupo (geralmente figuras públicas).
As fake news têm um grande poder viral, isto é, espalham-se rapidamente. As informações falsas apelam para o emocional do leitor/espectador, fazendo com que as pessoas consumam o material “noticioso” sem confirmar se é verdade seu conteúdo.
O poder de persuasão de tais expedientes é maior em populações com menor escolaridade e que dependem das redes sociais para obter informações. No entanto, as notícias falsas também podem alcançar pessoas com mais estudo, já que o conteúdo está comumente ligado ao viés político.
O senador José Maranhão, que continua internado no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, onde se recupera das sequelas deixadas pela covid-19, foi mais um, entre tatos brasileiros vítimas dessa perversidade.
Perversidade que chega ao cúmulo de um presidente da República, que se diz militar, mas expulso do Exército por indisciplina, pregar de forma aberta a ineficácia das vacinas imunizantes à Covid-19 e colocar as Forças Armadas em situação vexatória ao dizer, a plenos pulmões, algo absurdo.
Disse ele: “Quem decide se o povo vai viver em uma democracia ou ditadura são as suas Forças Armadas. Não tem ditadura onde as Forças Armadas não a apoiam”. Fala, claro, amplamente criticada na caserna, em especial os generais que estão na reserva, a exemplo general Carlos Alberto dos Santos Cruz, ex-ministro da Secretaria do Governo que ocupa, ainda, o Palácio do Planalto.
As fakes de Bolsonaro
Buscou Bolsonaro desqualificar toda a comunidade científica mundial e “mostrar” que a solução medicamentosa estava na cloroquina. Ela traria a “cura” para o novo coronavírus, o que é uma mentira, uma fake news, pois tal substância não serve de barreira para conter a Covid-19. Uma ameba entende o que digo.
Por fim, José Maranhão luta pela vida, enquanto Bolsonaro e seu séquito perderam terreno para a verdade. A verdade que preserva a vida, alimenta a alma e diminui a dor. Queira ou não, está na verdade o DNA da vida, na ciência e nas vacinas que debelam o vírus.