“A Terra é azul”, dizia um cosmonauta russo há 58 anos. Tratava-se da primeira viagem tripulada que aconteceu em 12 de abril de 1961. Era o voo inaugural do ser humano. Sobrevoo que possibilitou uma volta completa em órbita ao redor do planeta.
E na órbita estava o cosmonauta da então União Soviética Yuri Gagarin que, durante 108 minutos, “percorreu” a circunferência da Terra. E dito isso, veio a esperança de uma paz mundial.
Mas não foi! Naquele gesto, naquele feito, residia a mais pura discórdia entre soviéticos e norte-americanos no que foi marcado como “Guerra Fria”.
E nesse contesto de embates bélicos, faz-se evidente que esse cidadão do “mundo” – o Gagarin – quase nada contribuiu para a paz mundial. Ao contrário, nossa frágil Terra esteve à beira de um precipício nuclear.
E aqui digo, falo e afirmo, pois não sou venal e tenho a quase capacidade de “interpretar o óbvio. Existem na Paraíba corajosos Gagarin. O problema reside em quem define a missão “espacial” de cada um.
Um burocrata? Um sindicalista? Ou aquele, aquela, que se qualificou para entender que a camada social do povo é tecido vivo, longo, frágil?
Agora, pondo à baila a porção Paraíba enquanto nave-mãe, observo que só duas correntes políticas, hoje antagônicas, poderiam tentar uma reaproximação. Coexistirem e “salvar” a terra que deu à luz ao mestre Ariano.
Pra nossa redenção, o cordão encarnado de João Grilo e o azul de Chicó têm que dialogar. Eis aí a disporá literária e política que reside na terra “onde” o sol e o saci nascem primeiro.
A disputa pela terra, lua, mar ou pedaço de barro da nossa bela “Mãe Gentil” Paraíba residem tapas. Beijos são poucos, pois as “palmadas” vigoram em dias atuais. “Palmadas” ilógicas.
E digo isso com propriedade, pois boa memória eu tenho. Ou quase isso. Hoje é evidente, no meu “cerebelo”, que Ricardo Coutinho (PSB) e seu sucessor, João Azevêdo, lutaram em favor do “sexo dos anjos” por longos anos.
Então, não se pode de forma lógica jogar um projeto político exitoso, que colocou a Paraíba como timão da região Nordeste, no lixo. Não se deve negligenciar os “anjos”.
Francamente, o povo não solicita uma reconciliação plena de Azevêdo e Coutinho. Mas por favor, romper um laço político vencedor é, no mínimo, um gesto incongruente. Aqueles que acreditaram, viram e estiveram a acompanhar a boa evolução social da Paraíba esperam dias melhores, afinal, a “A Terra é azul”.
Eliabe Castor
PB Agora