Mesmo depois da profunda e recente reforma, o prédio da Assembleia Legislativa da Paraíba passou a se encaixar naquele trocadilho jocoso do “bonitinho mas ordinário”. Ou seja: bem alinhado, de bom gosto, mas de utilidade no mínimo duvidosa.
Alvo de muitas críticas desde a sua inauguração, a mais contundente delas partiu do atual presidente da Casa de Epitácio Pessoa, Adriano Galdino, disparada nesta quarta-feira (27/02).
Num inesperado, curto, grosso e contundente comentário proferido da Mesa-Diretora, Galdino, notoriamente irritado com o volume de problemas operacionais, disparou sobre a reforma: “Quando chove, não tem sessão; quando faz sol a internet não funciona. É um sofrimento arretado.”
Dada a situação atual do prédio, Adriano Galdino acrescentou estar cada vez mais convencido de que tinha razão quando defendeu a construção de um novo prédio, em vez da reforma do atual. Alegou que havia mais de R$ 17,3 milhões em caixa, que dariam para construir um prédio novo; uma Escola Legislativa e uma creche. Mas, “Gervásio (Gervásio Maia, que antecedeu o atual presidente) gastou uma pequena fortuna e os problemas ainda continuam. Porque aqui é uma construção muito antiga, velha e, por mais que a gente queira recuperá-la, sempre os problemas acontecem.
Historiando
O prédio em que hoje funciona a Assembleia Legislativa foi alvo de um dos maiores crimes contra o patrimônio histórico e arquitetônico da Paraíba, em meados dos anos 70. Ali funcionava o jornal oficial A União, pertencente ao Governo do Estado. Uma joia em pleno centro de João Pessoa, compondo harmoniosamente o conjunto arquitetônico com o Palácio da Redenção e o Tribunal de Justiça. Tinha uma cúpula no topo e sobre ela uma enorme águia prateada.
Um prédio carregado de muitas histórias, que vão desde episódios como a divulgação das cartas íntimas de João Dantas para Anayde Beiriz, passando pela tentativa de empastelamento do jornal, em que quase trocaram balas os deputados José Lira e Luiz de Barros, na transição dos governos Flávio Ribeiro e Pedro Gondim. Sem falar que, naquele prédio, sobre o birô de redação um dia dos anos 60 sentou-se o escritor e artista plástico norte-americano, de Chicago, John Passos, autor de Paralelo 42, entre outras obras.
Há muitas versões sobre a derrubada do histórico prédio de A União, para dar lugar a Assembleia em outro mais “moderno”, embora totalmente foram de contexto no complexo arquitetônico no entorno da Praça João Pessoa. Uns dizem que a Assembleia seria sediada onde foi o Hotel Aurora, mais o proprietário de então, influente, conseguiu evitar. Outros dizem que foi mais por influencia da família Santa Cruz, que residia ao lado e sentia-se incomodada com o barulho das linotipos de A União.
O fato é que, até hoje, parece que nada deu certo, e do antigo prédio salvou-se apenas a escada caracol que liga o térreo ao plenário no subsolo.
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Wellington Farias
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