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Opinião: após o fiasco nas eleições de 2020, Ricardo Coutinho e Veneziano têm fôlego para serem vencedores em 2022?

A política é muito parecida com um imenso lego de gigantescos blocos coloridos. Cada cor, reflete uma opinião, e caso a coloração não se “entenda”, o brinquedo começa a desencaixar suas peças, e aquele que já foi um belo castelo construído pelo diálogo se desfaz, pondo todo um projeto novamente no alicerce, a fim de ser reconstruído.

Observo isso no momento atual da política paraibana. Rompimentos começaram e, aquela peça que um dia fez parte do castelo, hoje já não está lá. É o caso do ex-governador Ricardo Coutinho (PT), e o presidente estadual do MDB, senador Veneziano Vital do Rêgo, que já estiveram na base aliada do governador João Azevedo, que sai do Cidadania e vai para o PSB, sua antiga sigla.

Veneziano entra em 2022 em novo cenário. Disputará as eleições para governador. Caso não tenha êxito, retornará para o Senado, pois ainda tem quatro anos de pura estabilidade naquela Casa. Então, a situação do emedebista é confortável. Mesmo que não vença o pleito, fortalecerá suas bases eleitorais.

O caso de Coutinho é mais delicado. Por razões jurídicas, até o momento está inelegível. Mesmo assim, afirma que será candidato a senador e seus problemas judiciais serão sanados. Agora, em reflexão segura, farei perguntas óbvias. Será que a composição PT e MDB vai ter força para um embate político, principalmente contra João Azevêdo, que deve buscar a reeleição?

Qual o verdadeiro poderio bélico de Ricardo Coutinho e Veneziano? É bom lembrar que os dois tiveram desenvoltura pífia no pleito para prefeito em 2020. Em Campina Grande a esposa do emedebista, Ana Cláudia (Podemos), foi derrotada por Bruno Cunha Lima (PSD) no primeiro turno.

Em João Pessoa, Ricardo Coutinho ficou na sexta colocação, principalmente pelos mesmos problemas legais que enfrenta em dias de hoje. Em resumo: o ex-gestor praticamente ficou engessado politicamente. Então, a mesma problemática pode acontecer em 2022, estando sua força política totalmente dependente da Justiça Eleitoral. É elegível, ou não? É o que se pergunta.


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