Iniciar um texto sem uma boa introdução, em minha simplória opinião, ou é imediatismo de quem redige, ou puro agrado para os leitores mais apressados. Mas o mundo digital exige velocidade, por isso vou direto ao ponto. O governador João Azevêdo (Cidadania) mostrou, mais uma vez que, além de ser um excelente gestor técnico, percorre na seara política com boa desenvoltura, contrariando prognósticos do passado.
No embate envolvendo Azevêdo e o ex-governador Ricardo Coutinho (PSB), postulante a prefeito de João Pessoa, ganhou o socialista na sexta-feira (23) o apoio do então secretário de Agricultura Familiar do Estado, Luiz Couto (PT). E nesse caso o chefe do Executivo paraibano não teve outra escolha. Exonerou seu antigo aliado, em ato publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) deste domingo (25).
Não havia como Couto permanecer ao lado de Azevêdo e Ricardo Coutinho ao mesmo tempo. Água e óleo não se misturam. Todos sabem sobre tal fenômeno. Na verdade o correto a dizer é que o óleo não se dissolve em água, já que as duas substâncias formam uma mistura heterogênea. Outro motivo que influencia a não dissolução do óleo na água é o fato da água ser mais densa que o óleo. E na política o mesmo acontece.
Decisão política e pessoal de Azevêdo e Couto
Enorme consideração tenho eu pelo petista Luiz Couto, conhecendo-o há pelo menos 25 anos. Mas ele tomou uma decisão pessoal e política, claro, apostando suas fichas no ex-governador socialista, que trava uma batalha com o próprio PT a fim do partido da estrela vermelha apoiá-lo no pleito deste ano.
E como fica João Azevêdo nesse folhetim que parece não ter mais fim? Pergunto e respondo ao mesmo tempo: sai fortalecido por mostrar não autoritarismo e, sim, bom senso para com os que apostam na sua gestão. Por fim, gosto de um uma citação que, francamente, não sei quem disparou, mas é corretíssima: “Brigar por política no atual cenário é o mesmo que ter ciúmes na ‘zona’”. Daí melhor se afastar dos que não concordam com seus ideais.
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Eliabe Castor
PB Agora