Um novo tempo chegou. Os governos estadual e da Capital são outros. Restou às velhas oposições na Paraíba lideradas de um lado pelo ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) e do outro pelo ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB) conviver com a frustração de assistir ao êxito da aliança vitoriosa do governador João Azevêdo (Cidadania) com o grupo Ribeiro, a partir da gestão Cícero Lucena (PP) em João Pessoa.
O jogo político, no entanto, não terminou. Toda oposição quer resgatar o poder perdido e, para isso, muitas vezes lança mão de estratégias nada republicanas como macular a reputação do outro, ou até mesmo jogar gasolina na relação entre os novos aliados apenas para causar o incêndio na tentativa de destruir àquilo que eles não foram capazes de construir – a unidade.
Nesse caminho não apenas o governador João Azevêdo, como também os Ribeiro e o prefeito Cícero Lucena devem estar vacinados contra intrigas. Porque elas hão de surgir, até mesmo de onde menos se espera, o chamado ‘fogo amigo’.
Assim como na campanha eleitoral, em que mentiras foram plantadas, e até mesmo informações foram falsificadas, ficar alerta é necessário, sobretudo nesse momento que a Paraíba e os municípios precisam trabalhar juntos no combate a esse inimigo invisível chamado coronavírus.
Não acreditar na primeira informação é crucial para evitar cair no jogo dos perdedores. Ouvir os dois lados, entender as motivações das próximas decisões e fugir de interpretações maldosas são os pilares que devem e vão embasar essa aliança que se formou e que tem tudo para ser duradoura.
Nessa campanha, João Azevêdo fez sua própria história. Fugiu do óbvio com suas armas e suas próprias estratégias políticas. Vislumbrou um cenário, pesou prós e contras na balança, uniu forças e acertou.
Os Ribeiro também acertaram. Com um partido, uma senadora, um deputado federal, e uma bancada na Assembleia Legislativa, além de fazer o vice-prefeito de Campina Grande e o prefeito de João Pessoa, a legenda Progressista conquistou o segundo melhor resultado nas urnas no pleito desse ano, perdendo apenas para o Cidadania do aliado, o governador João Azevêdo.
Juntas, as duas agremiações acabaram sucumbindo, justamente, ao PSDB de Cássio e ao PSB de Coutinho.
No final, João, Cícero e os Ribeiro comprovaram que o melhor estímulo para conseguir mudar o que não está ao nosso alcance é unir-se com aqueles que partilham do mesmo sentimento de mudança.
Márcia Dias
PB Agora