A campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, deve ter visto com preocupação dois fatos que ocorrem na Paraíba nos últimos dias envolvendo armas de fogo.
A bem da verdade, com certeza, apenas um dos casos. Neste, muitas armas de fogo envolvidas, por sinal.
Virou manchete nos grandes sites nacionais um empresário de São Bento, no Sertão paraibano, que foi preso por suspeita de alugar armas para assaltante de bancos.
Com o ‘cidadão de bem’, que conseguia comprar armas usando um certificado de CAC Colecionador, Atirador ou Caçador), o que permitia acesso legal aos armamentos e munições, foram apreendidas um fuzil calibre 556, duas pistolas Glock calibres 9mm, duas pistolas Taurus calibre 9mm, uma pistola Taurus calibre .40 e um revólver calibre 357.
Com Jair Bolsonaro na presidência, um grande patrono de pauta pró-armas, e que vem assinando decretos facilitando o acesso a elas, o número de CACs disparou aumentando de 117 mil em 2018 para mais de 670 mil neste ano.
O segundo caso, que não se pode afirmar com certeza que envolvia arma de fogo, diante da loucura que vive o Brasil, de crimes e escândalos, quase já não é mais lembrado. Mas também foi alvo de cobertura nacional e pegou mal para o capitão.
A briga da direita paraibana durante um encontro em Solânea. Alguns afirmam que a confusão quase terminou em bala. No vídeo que circulou nas redes sociais, uma pessoa chega a dizer que um dos protagonistas do tumulto, o candidato a deputado federal Caio da Federal, ia sacar uma arma. Até hoje, no entanto, ele nega de pés juntos e sustenta a versão de que ia puxar, na realidade, um celular.
O fato é que os dois casos enfraquecem o discurso de Bolsonaro em favor da liberação das armas de fogo e fazem a pecha de que ele seria um facilitador ou estimulador da violência colar com mais força.
O noticiário que sai da Paraíba nesses tempos não teve ter sido fácil de digerir por Jair.
Feliphe Rojas (@feliferojas)
PB Agora
