É hora de um estudo coletivo; uma grande mobilização por parte dos gestores paraibanos, a fim de buscar mecanismos comuns que possam resguardar a vida humana, livre das querelas partidárias ou interpretações próprias, pois o viver é o maior patrimônio da humanidade.
Dar, também, certo fôlego econômico à sociedade, principalmente aos micro e pequenos empresários, pensando, aí, nos informais e em toda cadeia produtiva a ser julgada como essencial enquanto a pandemia persistir é fundamental.
Falo isso com a proximidade dos novos decretos a serem vigorados no período dos festejos juninos – falo de festejos – mas muito pouco se tem para festejar devido à pandemia que põe de joelhos não só a Paraíba, mas o Brasil e boa parte do mundo.
Agora retornando às demandas e precauções a serem tomadas pelos gestores paraibanos, em especial os prefeitos de João Pessoa, Cícero Lucena (Progressistas), Campina Grande, Bruno Cunha Lima (Solidariedade), e o governador João Azevêdo (Cidadania), faz-se necessário um mínimo de consenso de todos.
Sim! Consenso, a fim de evitar batalhas judiciais que, além de dispendiosas, coloquem mais insegurança na população, que já vive cercada pelo medo, desemprego e morte.
A participação do povo é fundamental
Mas é bom – melhor dizendo, é ótimo – a população cooperar com o Estado de forma geral, pois decreto algum vai minorar o avanço do vírus se medidas simples como o uso de máscaras e distanciamento social não sejam cumpridos. Ações básicas e racionais valem muito.
Não se pode pensar, no atual estágio pandêmico, que medidas de controle ao coronavírus sejam ignoradas pelo povo. O povo que morre todos os dias em decorrência, muitas vezes, da sua própria teimosia.
Mesmo os que já tomaram a vacina devem manter hábitos sanitários lógicos, pois a Covid-19 já demonstrou não ser uma “pequena gripe” e novas variantes do vírus surgem de forma alarmante.
E sim, não é preciso ser um renomado cientista ou ter uma mente prodigiosa para entender que a política partidária – como está sendo conduzida pelo governo federal – é danosa, quase criminosa, interferindo de forma direta nas ações de combate à pandemia.
Aqui o apelo é para que os de bom senso possam tomar decisões assertivas. Entendo que há um profundo fosso separando os que comungam com o negacionismo cuspido pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), e as alas mais progressistas, inclusive a própria direita, sobre como se comportar em período tão obscuro da história humana.
Mas uma reflexão íntima pode ajudar, e muito, a própria humanidade a sair dessa vala que cheira a cadáveres. Respirar, novamente, sonhos e esperanças futuras. Retornar ao que há de mais próximo do normal, caso contrário decretos serão inócuos aqui e alhures e a mortandade continuará por um bom tempo.