A cidade de Troia era cercada por grandes muralhas que a protegiam e impediam a entrada dos inimigos. Após a morte de Heitor, príncipe e comandante do exército troiano, e Aquiles, herói e grego mítico, surgiu um impasse após dez anos de cerco àquela localidade.
Observando a querela e exaurida pela longa campanha militar, os gregos simularam a sua retirada do território troiano fingindo rendição. O exército da Grécia deixou como “presente” para os troianos, que eram conhecidos como domadores de cavalos, um belo equino gigantesco e entalhado em pura madeira.
Na “oferenda”, figurava um enorme cavalo de madeira com o símbolo de “paz”. Mas o bicho, na verdade, era oco e estava cheio de soldados gregos. Assim, o elemento surpresa sobrepujou as muralhas robustas de Troia sem um disparo, e dentro da cidade, os troianos sucumbiram.
Mito ou verdade, o embate está descrito na “A Ilíada”, um poema épico cuja autoria é atribuída a Homero, poeta grego, do século VIII a.C. E poemas, mitos e verdades estão contidos em nosso dia a dia. E na esfera política, eles são elevados ao cubo, pois segredos e estratégias são vitais para uma campanha bem sucedida.
E nessa corrida atual e “literária” rumo ao poder, o nome do ex-prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PSDB), surgiu novamente no horizonte tucano como o nome mais viável do partido para uma futura candidatura à prefeitura da Capital.
O “caboclinho”, como era conhecido por aliados e eleitores enquanto esteve à frente do Executivo municipal entre janeiro de 1997 até janeiro de 2005, disse ter saído da vida pública, apesar dos insistentes gestos de apoio e solicitações dos seus correligionários.
Cícero rejeitou a condição durante eleição de novos presidentes do diretório estadual e dos 60 diretórios municipais. O vento, que ocorreu no início de maio, teria selado a condição do ex-prefeito em disputar a prefeitura de João Pessoa. Teria, mas não houve uma condição efetiva.
Plagiando, repetindo, ou simplesmente copiando os gregos, o PSDB busca “cozinhar” o cérebro de Cícero Lucena, a fim do mesmo enfrentar a empreitada de uma postulação.
Como os gregos, o experiente político preferiu “sair” do cenário e não deixar seu nome à disposição do fogo adversário e amigo, claro! Mas tudo pode ser uma encenação. Um Cavalo de Troia para os adversários, a julgar pela postagem do vereador ex-presidente da Câmara Municipal Marcos Vinícius (PSDB) no início da semana.
Em forma implícita, o parlamentar deixa no ar a possibilidade de Cícero Lucena novamente entrar no embate político. A lógica é simples: caso o ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) formule sua postulação para 2020, a oposição não tem nome à altura para confrontá-lo, exceto alguém que já governou João Pessoa por dois mandatos, havendo um índice de popularidade gigantesco enquanto chefe do Executivo municipal por dois mandatos.
Cabe, agora, a posição convencer, de fato, o “Caboclinho” a disputar o pleito de 2020. É a chance, por exemplo, do grupo do prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, não cair no ostracismo.
Por fim, o cavalo pode ou não ser armado e selado. Cabe ao PSDB colocar na cinta Cícero Lucena o embate entre gregos e troianos, buscando uma nivelação. O surgir do antigo líder em cavalgadas promissoras será algo fundamental em um cerco vindouro, especificamente o de 2020.
PARLATÓRIO
Eu peço desculpas aos demais pretensos à postulação para prefeito em João Pessoas, mas aventuras o povo não mais suporta.
Eliabe Castor
PB Agora
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