O cenário político do Partido Liberal (PL) na Paraíba caminha para uma tragédia anunciada. Com rachas internos e a falta de um candidato forte, a legenda enfrenta desafios significativos na corrida eleitoral em João Pessoa. A situação se agrava com a falta de carisma do pré-candidato Marcelo Queiroga, que provavelmente será utilizado como moeda de troca no segundo turno, em vez de representar uma escolha sólida para a população.
O outro pré-candidato do PL, Nilvan Ferreira, que corre por fora para ser indicado à disputa, também enfrenta obstáculos em sua campanha. Após duas derrotas consecutivas em eleições anteriores e o enfraquecimento do bolsonarismo, sua força política está comprometida. Mesmo com a formação do chamado Triuvirato, uma aliança com Cabo Gilberto e Walber Virgolino, suas chances de sucesso não são ampliadas, uma vez que seu eleitorado se sobrepõe ao dos demais membros do grupo.
Além disso, em 2020, Nilvan não conseguiu conquistar o apoio de lideranças políticas de direita que permaneceram no primeiro turno, como Ruy Carneiro e Walber Virgolino. Essa falta de apoio revela a dificuldade do pré-candidato em consolidar uma base sólida e ampliar sua influência eleitoral.
Outro aspecto desfavorável para Nilvan é sua falta de identidade partidária. Atualmente, ele se posiciona como representante da direita bolsonarista na Paraíba, mas já foi filiado ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB). Essa mudança de filiação gera questionamentos sobre sua coerência ideológica e pode afetar sua credibilidade perante o eleitorado.
Diante desse panorama, fica evidente que o PL da Paraíba está caminhando para uma tragédia política. As divisões internas e a falta de candidatos carismáticos e fortes comprometem as chances de sucesso do partido. A ausência de apoio de importantes lideranças políticas de direita, somada à falta de identidade partidária de Nilvan Ferreira, são fatores adicionais que prejudicam a trajetória do PL.
Feliphe Rojas
PB Agora