O queda de braço na direita paraibana, que quase terminou em pancadaria generalizada no último sábado, durante encontro do segmento ideológico em Soledade, na Paraíba, já vem causando estragos na campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Isso porque a notícia do imbróglio que envolveu, de um lado, Wellington Roberto, Bruno Roberto e Caio da Federal e, do outro, Cabo Gilberto [todos do PL] e Pastor Jáder (candidato a deputado federal pelo PRTB), e terminou em empurrões, troca de tapas e supostamente com Caio tentando sacar uma arma de fogo [versão que foi desmentida com veemência pelo mesmo] virou notícia nacional sob o bojo da violência política que aumentou nas eleições deste ano.
Bolsonaro, que já gravou vídeo pedindo a união da direita paraibana, e que tem pregado a não violência por parte dos seus apoiadores neste ano, principalmente após o episódio da morte do tesoureiro petista por um apoiador seu em Foz do Iguaçu, não deve ter recebido a notícia com bons olhos.
A matéria foi vendida como mais um episódio de violência e intolerância política dos bolsonaristas em geral e, a hipótese de um tiroteio no local, pegou muito mal com relação à pauta pró-armas dos conservadores que tem em Bolsonaro um dos principais patronos. Um marketing negativo gratuito para a campanha do presidente.
A família Roberto, que diz ser tão apoiadora de Bolsonaro, e Cabo Gilberto, que às vezes sugere que a reeleição do atual presidente é até mais importante do que sua própria eleição como deputado federal, deveriam colocar a mão na consciência e recalcular a rota dos seus atos pois a contenda entre eles, negada até poucos dias pelos dirigentes do PL, não está arruinando apenas as suas campanhas: mas, principalmente, a daquele que eles dizem se importar tanto: Jair.
Feliphe Rojas
PB Agora