Sempre houve uma escassez de estadistas, não me refiro só ao Brasil e sim a todo o mundo. Homens que se preocupem com o bem comum do seu povo e que realizem uma administração equilibrada, justa, fazendo com que todos respirem o ar de confiança com a boa administração da coisa pública. Até quando no Brasil veremos homens no poder de quilate confiável dirigindo nossos destinos!
Nesse momento estamos a assistir uma quebra de braço entre poder executivo e legislativo desde os altos comandos de Brasília, unicamente por interesses pessoais e escusos. O atual presidente da câmara dos deputados, Arthur Lira, menino muito esperto, já antevendo a quebra de braço com o presidente Lula da Silva e seu partido, PT, sigla essa que sempre demonstrou sede de controle no poder, levou o Lira a formar uma poderosa frente de deputados, dentro da Câmara Federal que estivesse sob seu controle e não deu outra, Lula começou a ter dificuldades em ver aprovado seus projetos neste primeiro semestre de governo. Lula adicionou mais treze ministérios ao seu governo (algo desnecessário) e deixou vários cargos de segundo escalão para serem preenchidos segundo a banda fosse tocando.
Lira, no entanto, não gostou do ritmo lento da banda e agora com seu grande poder em mãos, está reivindicando mudanças de ministros que favoreçam ainda mais seu grupo e o preenchimento com urgência de cargos vazios, para saciar a sede de seus asseclas. Como disse anteriormente, necessitamos urgentemente de estadistas, para que tenhamos menos lobos de plantão. Lula, que é bom de jogo, deu um toque no ouvido do Flávio Dino, ministro da justiça em seu governo, para que tomasse conta da situação em relação ao Arthur Lira.
De um modo rápido, os meninos da polícia federal foram acionados e baixaram até o estado de Alagoas, buscando ex-assessores de Lira e trazendo-os às ordens quanto a malfeitos do passado que já estavam enterrados. Lira, com suas ações um pouco impensadas, despertou a atenção dos opositores. Agora é só esperar para ver onde essa disputa irá chegar. O recado foi muito bem dado ao Lira, se espera que haja um consenso e que na “politicalha” como sempre, ninguém saia perdendo.
No Senado, temos como presidente o Rodrigo Pacheco, o mesmo sabe que nas próximas eleições estaduais de 2026, será muito difícil ou quase impossível a sua reeleição para um novo mandato ao senado federal por Minas Gerais. Pacheco anda cavando a qualquer custo um lugar no STF, já que Lula nesse primeiro momento terá a oportunidade de apontar dois ministros para aquele tribunal. Na primeira mudança, Pacheco está fora, a esperança é na segunda chance. Por esse e outros motivos, o Pacheco tem sido complacente com o Lula quanto à suavidade política por parte do Senado, em relação ao executivo.
Na verdade, necessitamos de estadistas, pois de sanguessugas do poder estamos cheios. Regressando ao Arthur Lira, ele tem que mostrar ao que veio nesse segundo mandato na presidência da Câmara Federal, pois ele aspira em 2026 concorrer ao governo de Alagoas, onde a barra é pesada com os Calheiros: Renan pai, por certo, almeja disputar de maneira folgada o governo daquele estado, apoiado pelo atual governador, Paulo Dantas e pelo seu herdeiro familiar, Renan Filho, ex – governador daquele estado, senador licenciado e atual ministro dos transportes do governo Lula da Silva.
Collor de Melo, politicamente a preço de hoje, é carta fora do baralho na política alagoana. Arthur Lira, atual presidente da Câmara Federal, terá de fazer das tripas coração, para alcançar seu objetivo maior, ou seja, ser governador do estado de Alagoas. Interesse a parte e o povo que se dane. Para Lula da Silva, qualquer prejuízo é lucro, ele nem sonhou em estar à frente da presidência da república, a mesma caiu como uma bandeja de ouro em suas mãos, posta não sei por quem ou por quais interesses, coisas do além. A nação geme e a politicalha ri de nossa cara. Na verdade, os estadistas sumiram e salve-se quem puder!
Elcio Nunes
Cidadão Brasileiro
@elciojnunes