A pobre cidade de Cabedelo. Pobre cidade, quando exponho seu passado recente. Quarta economia da Paraíba (já foi primeira) vive em processo de franca decomposição.
A BR-230, por exemplo, também conhecida como Rodovia Transamazônica, é um canal viário federal transversal do Brasil, com extensão de 5 662,60 quilômetros. Nunca foi concluso. Tal obra veio no governo do ex-presidente Emílio Garrastazu Médici (1969 a 1974). Foi parida, ou “tentado”, pelos governos militares.
E Hoje? Hoje é um novo dia. E Cabedelo, mesmo tendo povo aguerrido, está tomado por ações de gestores corruptos. Xeque Mate que o diga! Surgem, em mídia das minhas retinas, dois escândalos. O primeiro já dito. O outro, muito bem evidenciado pelo deputado estadual Felipe Leitão (DEM) na tribuna da Assembleia Legislativa, na manhã desta terça-feira. Um fato preocupante.
E como legítimo representante dos cabedelenses, – foi o mais votado na cidade portuária – está bem à frente do atual prefeito, Vitor Hugo, estando esse no poder por casuísmo histórico, pois não seria ele mais que vereador, no máximo. Mas sigamos: Leitão ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa para denunciar possível fraude no processo eleitoral para a escolha dos conselheiros tutelares da cidade.
Polido e precavido, Leitão prometeu acionar o Ministério Público e a Justiça Eleitoral a fim de observar algo inusitado. E digo o que foi: a ex- conselheira tutelar, de alcunha Ninha, simplesmente teve seu número determinado pelo Tribunal Regional Eleitoral (trocado) por pessoas de amplo aporte financeiro.
O seu número em “santinhos” (era) no pleito 128. No entanto, foi denunciado por Leitão, e devidamente checado por este colunista, que panfletos foram enviados a locais de votação com o número 182, como mostram as imagens de vídeos de uma fonte ligada à coluna.
E no lacrimejar do povo cabedelense, Ninha iria para seu quarto mandato. Recebeu, apesar da fraude, 500 votos, mas não foi eleita. Fato que gerou grande suspeita no embate entre situação e oposição.
Motivo? O esposo da postulante, de nome Josimar, é ferrenho opositor do prefeito Vitor Hugo. Ele é vereador. Então, como falou certa vez Shakespeare, “Há mais coisas entre o céu e a terra do que pode imaginar nossa vã filosofia”.
Faz-se evidente que tal frase é adequada para os dias atuais. Mistérios sem resoluções. Adendo: sem posses, não há fraude. E todos sabem que o cargo de Conselheiro Tutelar, quando bem exercido, é peça fundamental para qualquer gestão municipal.
Entender os problemas sociais de um município, falo em referência a crianças e jovens, e apontar soluções pautadas em políticas públicas que salvam vidas. E isso vai além da ganância de alguns.
E continuo: a problemática é que, diante de tal aporte social, políticos profissionais usam os eleitos para “trampolim” eleitoral. E tal expediente não é novidade para ninguém. Nem naquela cidade portuária, ou noutras localidades.
Por fim, fica o registro do deputado Felipe Leitão. E muito mais. Da própria população de Cabedelo.
Amanhã falo “segredos” da Xeque Mate 5 e dos que foram investigados hoje. Por fim, seja forte Cabedelo e seu povo! Não serão poucos que sepultarão sua história.
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Eliabe Castor
PB Agora