Categorias: Política

Opinião: frente partidária contra Bolsonaro não deve ter apoio do PT. Partido não esquece o impeachment de Dilma

PUBLICIDADE

O provérbio “O inimigo do meu inimigo é meu amigo”. Muito antigo, tem supostamente sua origem no Oriente Médio. O adágio é quase sempre invocado em referência a questões políticas ou nos seus limites – as guerras.

Essa estratégia tem se demonstrado historicamente muito eficiente para o estabelecimento de alianças entre aliados improváveis contra um inimigo comum. Porém, após vencê-lo, as partes aliadas, por questões óbvias, costumam seguir rumos diferentes, expondo fragilidades dos elos e rupturas violentas.

Agora é hora de observar as manifestações ocorridas em muitas partes do Brasil no domingo (12). Os protestos, liderados pelo Movimento Brasil Livre (MBL) e Vem Pra Rua ( VPR), que tiveram papel importante no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em 2016, não conseguiu aglutinar forças petistas e partidos políticos que giram ao redor da força gravitacional implementada pela sigla da estrela solitária.

Pressentindo o pouco apoio popular, os líderes do movimento resolveram baixar o tom. Antes do protesto, que a princípio tinha apoio apenas de partidos liberais, resolveram convidar uma esquerda rachada para unir forças pelo impeachment do presidente.

Não adiantou! O PT se recusou a navegar na nau do “ O inimigo do meu inimigo é meu amigo” e o movimento ficou esvaziado. Apenas o PDT, PC do B e PSB, siglas com histórico progressista estiveram no protesto, além de partidos consideradas de centro, como o PSDB e de direita, a exemplo do (PSL).

Terceira via mostra sua fragilidade

As manifestações contaram com a presença de presidenciáveis que se apresentam como integrantes de uma terceira via para as eleições de 2022, entre eles os ex-candidatos à presidência em 2018 Ciro Gomes (PDT) e João Amôedo (Novo), o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

Mesmo com discursos inflamados e pregando o processo democrático e legítimo no Brasil, defendendo a Constituição e a boa relação entre os poderes, golpeando com potência hercúlea o discurso reacionário e antidemocrático do mandatário da nação, a força desses líderes partidários não consegue penetrar na bolha criada por Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – expoente maior do PT.

A polarização visceral parida entre os dois e seus respectivos apoiadores não dá espaço para uma grande frente partidária, e uma terceira via, pelo menos em dias atuais, mostra-se frágil, insípida, inodora e incolor. E certamente o PT não embarcará em um movimento, cujos principais atores contribuíram para a degola de Dilma Rousseff.

PUBLICIDADE

Últimas notícias

PMJP realiza primeiras cirurgias urológicas e projeta zerar fila até dezembro

A Prefeitura de João Pessoa realizou as primeiras cirurgias que fazem parte do mutirão de…

23 de novembro de 2024

Receita abre consulta a lote da malha fina do Imposto de Renda

A partir das 10h desta sexta-feira (22), cerca de 220 mil contribuintes que caíram na…

23 de novembro de 2024

Divulgados locais de prova para concurso de agentes de saúde em João Pessoa

Foram divulgados nesta sexta-feira (22) os  locais de prova onde os candidatos deverão fazer o…

23 de novembro de 2024

Mais de mil agentes das polícias Militar, Civil e Corpo de Bombeiros farão segurança da Romaria da Penha neste sábado

A Secretaria da Segurança e da Defesa Social da Paraíba (Sesds) divulgou o planejamento detalhado…

23 de novembro de 2024

260ª edição da Romaria da Penha acontece hoje em João Pessoa

Acontece na noite deste sábado e e madrugada do domingo, em João Pessoa, a 260ª…

23 de novembro de 2024

Noite de violência: dois homens são assassinados e mulher é vítima de tentativa de feminicídio na Grande JP

A noite desta sexta-feira (22) foi marcada pela onda de violência na Região Metropolitana de…

23 de novembro de 2024