Desde janeiro de 2020, a crescente proliferação do novo Coronavírus transformou-se em um dos maiores desafios da humanidade. Entretanto, lidar com uma pandemia infecciosa de proporções continentais e mundiais não é algo recente na história.
Surtos de doenças repetem-se pelos séculos com algumas semelhanças tanto na forma de propagação quanto de contenção dessas doenças. Dessa maneira, podemos equiparar essa pandemia com outras que ocorreram anteriormente e criar alguns paralelos entre os casos.
Eu disse “podemos”, ou “posso”, mas não vou, pois seria maçante. Apenas digo que a Covid-19 só não está sendo mais letal em função da troca imediata de informações por parte de cientistas do mundo inteiro. Outros aspectos como a evolução do processo sanitário das cidades, o bom teor de informações por parte da população tendem a amenizar o grau de infecção e letalidade da enfermidade.
Outro dado de suma importância. Praticamente em todo o mundo governos ofereceram linhas de crédito para micro e pequenos empresários, além de pessoas de baixa renda. Fator muito importante, pois com o isolamento social a economia estagnou. E ainda há os informais, provavelmente os mais atingidos, pois é sabido que eles vendem seus produtos ao longo do dia para se alimentar à noite.
E nessa peleja Congresso e Executivo Federal entraram em consenso jamais visto na história do Brasil. Ou quase isso. Liberar o chamado auxílio emergencial. Os números são conflitantes de quem já recebeu o benefício, mas certamente mais 45 milhões de brasileiros já receberam essa renda, posso afirmar, sem blasfêmia religiosa, renda salvadora.
Benefício é estendido e proposta veio da ALPB e “abraçada” por Wilson Santiago
E nessas idas e vindas o governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) fez uma projeção que, em três meses a curva ascendente da pandemia se tornaria descendente. Mas infelizmente não foi isso que aconteceu, nem vou apontar os erros que enxergo para a Covid-19 não dar sinal de trégua. Esse artigo busca dar aos leitores um alento, e aqui falo sem prepotência. Tudo que se encontra nessas linhas foi baseado em fontes seguras.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmou hoje (9) que o auxílio emergencial será prorrogado por mais dois meses e que, durante esse tempo, o setor produtivo pode se preparar para retomar as atividades, com a adoção de protocolos de segurança. “E depois [a economia] entra em fase de decolar novamente, atravessando as duas ondas [da pandemia e do desemprego]”, disse o liberal, durante a 34ª Reunião do Conselho de Governo.
Ele [Guedes], o Governo Federal e o próprio Congresso entenderam que, para o país não entrar em colapso financeiro tais novas receitas são necessárias. E é aí que entra o protagonismo da Paraíba. E aqui explico com certo sorriso, pois veio do nosso “Sublime Torrão” essa propositura.
Foi o deputado estadual Jeová Campos (PSB) o primeiro a levantar a voz na Assembleia Legislativa da Paraíba para cobrar do Governo Federal a amplitude do auxílio emergencial até dezembro de 2020. Ele já previa que a pandemia não cessaria em três meses, como de fato não cessou.
O texto foi analisado na Casa de Epitácio Pessoa, recebeu o apoio da Mesa Diretora, e foi abraçado pelo deputado federal Wilson Santiago ((PTB-PB), que apresentou o mecanismo na Câmara Federal, sendo ele o Projeto de Lei 2671/2020 que visava dar maior assistência às famílias e profissionais que ficaram impedidos de trabalhar em decorrência da pandemia provocada pelo novo coronavírus.
No início houve reação contrária da equipe econômica, mas Bolsonaro cedeu
Quando o projeto parido na ALPB por Jeová Campos, havendo anuência dos seus pares e posto em tramitação na Câmara Federal, Guedes, Bolsonaro e equipe se debateram. Contudo, diante do número crescente de mortos e infectados, algo bom saiu do Palácio do Planalto.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, confirmou, na manhã desta terça-feira (9), que o coronavoucher, como ficou conhecido o auxílio emergencial em função da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), será prorrogado. Embora os valores não tenham sido esclarecidos, o ministro adiantou que a extensão será de dois meses.
Bem, é uma ótima notícia para o povo brasileiro e, sendo a ideia vinda de parlamentares da Paraíba, não por questões de jogar confetes e serpentinas, nosso pequeno estado está de parabéns, em específico Jeová Campos, a Mesa Diretora da ALPB e o deputado federal Wilson Santiago. Essa é minha opinião sem qualquer tipo de levantar o ego dos protagonistas. E aqui até dou parabéns a Paulo Guedes por convencer Jair Bolsonaro.
Partindo de um liberal e um ligado à extrema direita, vindo de parlamentares paraibanos uma propositura de um Estado diminuto, chamo “socorro” a Ariano Suassuna para me salvar: “O otimista é um tolo. O pessimista, um chato. Bom mesmo é ser um realista esperançoso”. A esperança venceu.
Eliabe Castor
PB Agora