A meia-dúzia de leitores imaginava ver tão cedo uma manchete nos termos do título sobre estas mal traçadas linhas?
Claro que não. Ninguém imaginava. Tão rapidamente assim, a gestão do governador João Azevedo questionar na Justiça atos do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, nem pensar.
Muitíssimo pelo contrário: o que vínhamos constatando era um noticiário farto sobre a afinidade e a harmonia de Cícero Lucena e João Azevêdo. E mais: com possibilidades cada vez maiores, de este bom entendimento descambar para uma aliança política em 2022. Para uns, até, já estava tudo certo.
Neste esforço noticioso para convencer todos desta exemplar união entre dois homens de notório espírito público, João Azevedo e Cícero Lucena só apareciam encangados feito saguim. Tudo pela Paraíba e por João Pessoa.
Mas…
Segundo amplo noticiário divulgado na tarde desta sexta-feira, a Procuradoria Geral do Estado moveu uma ação na Justiça contra o decreto baixado pelo prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, por ter divergências com o decreto anteriormente editado pelo governador João Azevedo.
Convenhamos: algum dos seis leitores aqui acredita que a Procuradoria Geral do Estado tomaria tal iniciativa não tivesse o mando ou a chancela de João Azevêdo?
Uma judicializalção que, curiosamente, acontece um dia depois das queixas indiretas do Palácio, de que Cícero estrategicamente só baixa decreto inerente à pandemia depois de João Azevedo para que este fique no prejuízo com o desgastes das medidas?
Evidência
A menos que surjam logo bombeiros bem equipados e dispostos a apagar esta centelha de fogo no palheiro, cada vez mais o incêndio fica iminente.
O governador João Azevedo tratou de imediatamente desmentir que esteja havendo “ruídos” na relação com Cícero Lucena. O fez na quinta-feira mesmo, quando surgiu a história do desgaste com os decretos. Cícero Lucena respondeu com o silencio…
Rompidos?
Calma, não é bem assim. Que tem coisa estranha; que tem saguim querendo entrar em loja de cristais, tem, sim senhor.
Mas ainda há tempo de se evitar que o macaquinho pule sobre as prateleiras…
Mas que as coisas não estão como dantes no quartel de Abrantes, não estão mesmo.
Pelo menos por enquanto…