Existe um pensamento bem interessante que diz: “Às vezes é preciso dar um passo atrás no caminho que você acha que é certo para poder dar dois passos à frente no caminho que você tem certeza que é certo”. E isso vem sendo aplicado pela família Cunha Lima, após o revés que o ex-senador Cássio Cunha Lima sofreu no pleito de 2018, quando amargou uma derrota fragorosa ao tentar a reeleição.
Muitos acreditavam que era o ocaso dessa família na vida pública, afinal, o maior expoente do clã foi humilhado nas urnas. Contudo, os Cunha Lima vêm ganhando, passo a passo, o terreno na seara política que há muito pertencia ao grupo. Eles elegeram dois deputados estaduais, Moacir Rodrigues (PSL) e Tovar Correia Lima (PSDB), um federal, o tucano Pedro Cunha Lima.
E ainda há mais. O prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSD), que conseguiu eleger Bruno Cunha Lima, também filiado ao Solidariedade, como seu sucessor. Então, colando os cacos da xícara quebrada na cozinha, o grupo já fala em disputar as eleições para o Governo do Estado em 2022.
O primeiro a se manifestar foi Romero Rodrigues. Depois veio Pedro Cunha Lima, em entrevista ao programa 60 minutos, da rádio Arapuan FM, na última segunda-feira (07). Bem, é muito cedo para avaliar se essa nova estratégia dará certo, mas não se pode negar. O grupo é coeso, e tudo leva a crer que o mentor político é Cássio Cunha Lima, que aparentemente se mantém distante dos “rumos familiares”, mas que na coxia está ele observando o espetáculo, como um diretor teatral bem situado.