O mito criado sobre a figura do governador João Azevêdo (PSB), que o jogava como grande técnico administrativo, não possuindo, no entanto, características necessárias para caminhar nas alamedas tortuosas da política foi dissolvido por sua postura firme, serena e assertiva.
Não se pode dizer que o mar está calmo no oceano que singra a nau do PSB paraibano. Tempestades são violentas, e vagalhões vindos de todos os lados buscam tragar a sigla para os braços de Poseidon, e assim afogar o projeto socialista iniciado na gestão do ex-governador Ricardo Coutinho.
Entendo que o leitor pode discordar de alguns posicionamentos do ex-governador, e do próprio João Azevêdo, mas é fato: a Paraíba respira certo desenvolvimento se comparada a muitos estados brasileiros que vivem situação de penúria fiscal e colapso em áreas importantes como a segurança pública e a educação.
Agora retornando à crise no PSB, o que se notou por toda a semana foi uma postura assertiva de Azevêdo, pautando sua linha de raciocínio na preservação da unidade partidária. O que poucos enxergam ou não querem enxergar é que não interessa ao governador a ruptura do projeto socialista implementado em solo paraibano.
As palavras de João, em solenidade realizada no Espaço Cultural, na última terça-feira, mostram bem o esforço do gestor para manter, e até criar linhas de diálogo entre membros do PSB que estão em peleja, para que uma solução equilibrada seja encontrada, evitando assim maiores danos colaterais.
Em uma das suas falas Azevêdo foi direto ao ponto: “O partido vai encontrar os caminhos. O partido tem maturidade; entretanto a forma de se fazer isso será estabelecida dentro de alguns dias, mas é preciso que as pessoas se desarmem, é preciso que as pessoas reconheçam a história das outras pessoas que construíram a esse partido”.
Na mesma fala o socialista disse esperar encontrar um caminho para findar a crise da sigla a qual é filiado. Ele observa um horizonte otimista, cujas querelas internas possam ser sanadas. E aí está a marca e missão de João Azevêdo: buscar a pacificação nas hostes do PSB, mesmo entendendo que estorvos individuais possam surgir.
Em outras palavras: o governador busca trabalhar com o coletivo. Não interessa a ele discussões ou falas isoladas que comprometam sua gestão e a restauração da unidade partidária da agremiação a qual faz parte.
Eliabe Castor
PB Agora
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