Categorias: Política

Opinião: João reage aos “arapongas”, mas pode fazer pouco para evitar vazamento em um mundo “digital”

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Ao longo da história do homem, ações de espionagem foram desenvolvidas desde tempos imemoriais. Nossos antepassados Australopithecus, que viveram na África há aproximadamente três milhões de anos, já observavam tribos rivais para, de alguma forma, tomar proveito das informações coletadas dos seus “vizinhos”, e assim sobrepujar a “concorrência”.

Trata-se de um expediente antigo que, ao longo da formação do próprio ser humano, sempre foi posto em prática. Cito como exemplo nossos primos mais “recentes” conhecidos como Neandertais. Eles coexistiram com os Homo sapiens até 40 mil anos atrás. Contudo, foram extintos muito em parte pelas ações de “vigilância” advindas dos próprios seres que viviam lado a lado com eles. E surgiu naquele momento o Homo sapiens sapiens. O que somos hoje.

E nesse “limiar da loucura”, no qual semelhantes criam tratados de guerra, manuais de espionagem e contraespionagem, armas ardilosas e míticas, como o Cavalo de Tróia; satélites espiões, drones teleguiados e a própria internet, que armazena informações e preferências nossas enquanto dormimos. E nesse caldeirão “mágico’ quem imagina que um parlamentar, seja ele federal ou estadual, pode fugir das escutas ilegais está completamente enganado.

Em sã consciência, é imperativo afirmar que um presidente da República, seja ele de que pais for, não está protegido de atos de espionagem.

O mesmo vale para membros do Supremo Tribunal Federal, integrantes da Câmara dos Lordes da Inglaterra ou ativistas do Greenpeace. Ninguém é imune à “Matrix”, afinal somos monitorados 24 horas por dia.

E após todas essas indagações, afirmações e negativas, o que é possível fazer o governador João Azevêdo (PSB) para impedir a “arapongagem” dirigida a ele e seus secretários? Quase nada. No máximo interrogar um membro da P2, unidade de inteligência da Polícia Militar, que foi flagrado em “missão secreta” na Secretaria de Segurança.

A suspeita que recai sobre o indivíduo é que estaria “monitorando” os passos do secretário de Segurança Pública do Estado, Jean Nunes. Mas, no findar de todo esse processo investigativo, pouco se saberá. No máximo, o inquérito virá a público faltando peças da sua totalidade com sua totalidade. Motivo? Não é inteligente exibir suas próprias fragilidades.

E no final, tudo virará história escrita, passando para a tradição oral, como o assassinato do ex-presidente da Parahyba, João Pessoa, que em visita à cidade do Recife, foi morto por seu desafeto; João Dantas. Detalhe: a estada do político paraibano foi amplamente divulgada pelo Jornal A União. Motivo? Não se sabe, até os dias atuais.

Era como se alguém buscasse informar a Dantas que seu inimigo surgiria na Confeitaria A Glória, no Centro da Veneza Brasileira. É o que se chama de espionagem e contraespionagem. Algo similar aos movimentos que os agentes especiais da ex-União Soviética e dos Estados Unidos se esgueiravam na chamada “Guerra Fria”.

Em relação ao chefe do Executivo estadual, parlamentares das nossas bancadas estaduais e federais, jornalistas, magistrados e outros tantos, previnam-se com o que há na tecnologia, embora sejamos “vigiados” pelos nossos próprios celulares. Duvida? Então acesse os links a seguir e faça uma busca profunda sobre o tema.

Seu telefone espiona tudo o que você fala?

https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/03/160303_telefone_espionagem_lgb

Ah! Ainda deixamos todos os nossos gostos, preferências, atos racistas, de amor e ódio nas redes sociais.

Em depoimento de 5 horas ao Senado americano, Mark Zuckerberg admite erros do Facebook

https://g1.globo.com/economia/tecnologia/noticia/mark-zuckerberg-depoe-ao-senado-sobre-uso-de-dados-pelo-facebook.ghtml

Eliabe Castor
PB Agora

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