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OPINIÃO: João se depara com primeiro grande desafio após reeleição ao pautar sucessão da Mesa Diretora da ALPB

O governador João Azevêdo (PSB) retorna de seu período de licença de 15 dias nesta terça-feira (15), dia em que se comemora o feriado da Proclamação da República do Brasil. Já na quarta-feira (16), ele deve dar início ao seu primeiro grande desafio após a reeleição: pautar o debate sobre a sucessão da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB).

Isso porque existe uma sintonia muito fina e delicada entre emplacar um nome que seja de sua confiança, mas, ao mesmo tempo, não transparecer para a maioria dos deputados que está impondo um nome goela abaixo dos demais. É uma negociação que requer muita habilidade política, interlocução e tato.

E a eleição dos biênios 2023/2024 e 2025/2026, que acontecerão no mesmo dia, na primeira sessão da nova legislatura da Casa de Epitácio Pessoa, em fevereiro do ano que vem, será a primeira em que João terá o papel de maior protagonismo como articulador do processo, já que em 2019, primeiro ano do socialista como governador, ele ainda era muito dependente da grande influência do “grupo girassol”.

É claro que existe sempre a possibilidade de ele não interferir no processo e evitar, assim, o risco de qualquer atrito com deputados, o que não seria nada bom. Porém, é difícil de imaginar que seja este o cenário, tendo em vista que o presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) tem o papel de pautar projetos, instalar CPIs e, em casos extremos, pautar processos de impeachment.

Outros fatores indicam que não deve ser esse o caso, de jeito nenhum. Como, por exemplo, entrevistas do deputado estadual reeleito Hervázio Bezerra (PSB), um dos mais leais entre os que irão exercer mandato em 2023. Ele tem evitado declarar apoio e diz que espera conversa com o grupo e com o governador para expor a sua preferência dentre os nomes que estão postos. Ou seja, ele sabe que João não vai querer ficar de fora dessa história.

Com o governador na equação, resta saber quem entre os postulantes fica mais cacifado para conseguir o apoio da maioria: até o momento, pretendem disputar o cargo de presidente da Casa de Epitácio Pessoa: Tião Gomes (PSB); Branco Mendes (Republicanos); Wilson Filho (Republicanos) e Eduardo Carneiro (Solidariedade). Todos são governistas. Mas, não há como negar que o mais próximo de João é Wilson Filho, que é líder do governo desde 2021.

 

Feliphe Rojas
PB Agora


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