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Opinião: Cartaxo continua “patinando” na escolha do nome que vai apoiar por falta de opção e iniciativa

O rei está morto? Ainda não, mas seus conselheiros pretendem matá-lo o quanto antes. Assim é o que passa para a sociedade as estratégias suicidas do prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PV), que parece não entender que suas opções são diminutas caso mantenha a palavra pautada no protagonismo do seu sucessor.

Ele insiste em um nome ligado ao seu partido para compor a liderança da chapa majoritária. O que poderia ser lógico, uma vez que o alcaide desfruta de bons percentuais de aceitação pública referente à sua administração. Mas Luciano é uma coisa, seu irmão Lucélio, mesmo sendo gêmeo univitelino é outra, e aliados da base “verde” estão muito longe do parentesco e carisma que desfruta o chefe do Executivo de João Pessoa.

Para piorar o quadro Lucélio Cartaxo está impedido pela Constituição Federal de concorrer ao pleito para prefeito, levando-se em conta o Art. 14, parágrafo 7, que discorre sobre o óbice jurídico.

“São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição”.

E não é compreendido muito bem o pleno do prefeito. Ou melhor: não se entende o posicionamento de Cartaxo numa postulação “haraquiri” que garanta seu fôlego político, caso entenda que sua última chance em figurar no âmbito do primeiro escalão da política paraibana esteja no seu próprio time. Titular ou do banco de reservas são fracos. E não haverá reforços a essa altura do campeonato.

O nome de Diego Tavares já era carta fora do baralho em decorrência dos áudios vazados no ano passado. Zenedy Bezerra, o ex-predileto, já foi eliminado após a delação de Livânia Farias.

Resta a o nome da secretária de Planejamento de João Pessoa, Daniella Bandeira. Embora seja observada até pelos aliados do alcaide como uma boa gestora, é vista como incapaz de vencer um pleito no maior colégio eleitoral da Paraíba. Ao que tudo indica, Cartaxo, mais uma vez, esperou demais e vai colher muito pouco na sua horta.

 

Eliabe Castor
PB Agora

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