Com a confirmação da desistência do ex-prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues (PSD), em ser candidato ao Governo do Estado, a oposição ao governador João Azevêdo (Cidadania) ficou sem pai nem mãe, mais perdida do que cego em tiroteio e que cachorro quando cai de caminhão de mudança.
Não que Romero agradasse a oposição e fosse o candidato ideal para os bolsonaristas raiz da Paraíba. Porém, era um nome forte, testado e com experiência administrativa de dois mandatos à frente da 2ª maior cidade do estado.
Com o comunicador Nilvan Ferreira (PTB) pré-candidato a deputado federal e Wallber Virgolino (Patriota) empenhado em se reeleger como deputado estadual, sobrou para a oposição o corajoso e sem noção Cabo Gilberto (PSL), que sofre um derretimento de credibilidade gigantesco, inclusive entre os policiais militares, classe que ele representa, após as atitudes recentes.
Cabo se recusou a tomar a vacina contra a covid-19 no período em que ele podia, o que causou o constrangimento dele entrar na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) sem estar vacinado, contrariando uma resolução da Casa. O fato causou paralisação de sessões e prejudicou o trabalho do parlamento. Após muita pressão, se vacinou e tentou forçar novamente a entrada na ALPB, o que não é permitido para quem ainda não tem as duas doses, chegando ao ridículo de participar de uma sessão remotamente sentado em um banco da Praça dos 3 Poderes.
Não bastasse isso, encampou uma luta solo contra o passaporte da vacinação na Paraíba, chegando a judicializar a questão na Paraíba e no Superior Tribunal de Justiça (STJ), perdendo em ambas as instâncias.
Nesse interim, convocou em um grupo de policiais manifestações contra o passaporte da vacina e, não apenas foi ignorado, como foi alvo de críticas dos seus próprios colegas de corporação.
Foi isso que sobrou para Bolsonaro de palanque na Paraíba.
Feliphe Rojas
PB Agora