Todas as evidências sugerem que o presidente estadual do MDB, o senador Veneziano Vital do Rego, mais o seu grupo político, estão politicamente rompidos com o governador João Azevêdo. Pelo visto, está faltando apenas a formalização do rompimento.
Não há nada que possa indicar o contrário; são favas contadas, segundo as melhores análises políticas do momento.
Antes mesmo de consolidado o tal rompimento, porém, o MDB sofre uma avaria considerável: o grupo Paulino, emedebistas históricos com raízes fincadas na região do Brejo, a partir de Guarabira, já declarou que, independente da atitude que o senador e presidente da legenda tomar, vai continuar tão fiel ao Governo quanto as rotativas do jornal A União.
Estrago
A barreira do MDB paraibano deu sinais de instabilidade. Não se sabe, entretanto, se desmorona de vez, ou não; nem qual poderá ser o tamanho do estrago, ou seja: no caso de rompimento, quem mais poderá não acompanhar o maior dirigente emedebista?
Apenas os Paulinos deixarão de seguir o partido? Quem continuará fiel à orientação à orientação do senador Veneziano Vital do Rego?
E se a Direção Nacional exigir que o MDB na Paraíba tenha candidatura própria?
Esta também é uma hipótese muito provável; ainda mais depois que o partido lançou a pré-candidatura da senadora Simone Tebet à Presidência da República. Ela, naturalmente, precisará ter palanque na Paraíba digno das tradições emedebistas.
Ai vem a pergunta: João Azevêdo estará no palanque de Lula ou de Tebete?..
E no caso da Direção Nacional orientar o MDB local a se compor com uma candidatura que ofereça palanque na Paraíba a sua pré-candidata à Presidência, de que lado estarão os Paulinos?
Afinal, João Azevêdo já disse que está com Lula e não abre, desde criancinha…
Péssimo exemplo
Muito ruim – sobretudo para a Paraíba e seu povo – a declaração do ministro da Saúde, o paraibano Marcelo Queiroga, segundo a qual “às vezes é melhor perder a vida do que a liberdade”.
A infeliz declaração de Queiroga, que repercutiu como rastilho de pólvora em todos os quadrantes do País, foi dada como para justificar a postura do seu chefe, o presidente Bolsonaro, contra o passaporte da vacina.
Uso de solo
A Assembleia da Paraíba promoveu nesta terça (7) uma audiência pública para dar encaminhamentos que impeçam a concretização da proposta de autoria da Câmara Municipal de Conde, que altera a legislação que regulamenta a ocupação do solo na cidade.
A proposta da atual gestão permite a construção de edificações com mais de dois andares em áreas próximas à praia e o desrespeito às Áreas de Preservação Ambiental (APA), indígenas, quilombolas e assentados da reforma rural no município.
Presidida pelo deputado Jeová Campos, a reunião aconteceu no âmbito da Comissão de Desenvolvimento, Turismo e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa da Paraíba.
Com as deputadas Cida Ramos (autora da propositura de audiência) e Estela Bezerra, o deputado Jeová Campos, que é presidente da Comissão de Desenvolvimento da ALPB, abriu o evento explicando a situação. As principais mudanças, aos olhos do advogado, professor e parlamentar, mas, acima de tudo, um militante da cidadania, é que com a nova legislação, o Conselho Gestor – CONGES, um órgão de controle social e garantidor da participação popular no acompanhamento e deliberação das políticas públicas também de meio ambiente, passa a ser um órgão meramente opinativo, sem poder de decisão sobre as importantes temáticas relacionadas ao meio ambiente no Município de Conde.