O pré-candidato a senador da Paraíba Bruno Roberto (PL), na ânsia de defender o presidente Jair Bolsonaro, principal carro-chefe de sua campanha, demonstrou desconhecimento ao criticar governadores por, segundo ele, supostamente não abaixarem as alíquotas do ICMS.
Isso porque a taxa do ICMS dos estados está congelada há pelo menos cinco meses, completando metade um ano agora neste mês de março. Mesmo assim, os combustíveis continuaram a aumentar porque, conforme o próprio Bolsonaro já admitiu, a culpa dos aumentos é do preço do dólar que estava a R$ 3,87 quando Jair assumiu a presidência e hoje está R$ 5,04.
Outro fator que é de conhecimento de todos, menos para Bruno Roberto, aparentemente, para a flutuação do preço dos combustíveis é a política de preços da Petrobras, que é atrelada ao dólar e não permite que a empresa corte dividendos em momentos estratégicos para não pesar no bolso dos consumidores.
O filho do deputado federal e presidente estadual do PL, Wellington Roberto, chegou ao absurdo de sugerir que os governadores zerem o ICMS, o que revela ainda total desconhecimento dele, que já foi assessor especial do Banco do Nordeste do Brasil, das finanças dos estados e municípios que, com o atual pacto federativo, possuem pouco dinheiro em caixa e têm como principal fonte de renda para obras, ações e investimentos, com recursos próprios, a arrecadação de impostos.
Em várias ocasiões da vida é melhor ficar calado.
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Feliphe Rojas
PB Agora
