Seria preciso uma equipe com muitos bombeiros, milhares de litros d’água e algumas escadas magirus para conter as labaredas do incêndio que se propagou sobre a relação do senador Veneziano Vital do Rego (MDB) e o governador João Azevêdo (Cidadania).
Por maior que seja a operação, debelar as labaredas pode até ser (apenas pode), mas apagar o fogo nem tanto. Por mais que a operação cosiga avançar, no mínimo restará algo do tipo fogo de monturo; aquele que queima por baixo, discretamente.
A probabilidade de Veneziano Vital e João Azevêdo voltarem às boas é mínima. A julgar pelos últimos lances dessas duas peças do xadrez político, esta relação, que já vinha se desgastando há bastante tempo, com permanentes trocas de recados ameaçadores, o que parece mais iminente é o rompimento político.
Mas…
Supomos que a intermediação do deputado Adriano Galdino, presidente da Assembleia Legislativa, gere a pacificação – desejada por uns e desaconselhada por outros. O fator confiança, entretanto, já estará totalmente comprometido.
Ou seja: nem Veneziano Vital confia mais no governador João Azevêdo, nem este confia no senador emedebista.
É desse modelo e o resto é só torcida pra que tudo dê certo.
Como na política tudo é possível, naturalmente cabe a possibilidade de se ver o senador e o governador no mesmo palanque. Nenhum dos dois, porém, verdadeiramente desejoso de que o outro logre êxito nas suas futuras empreitadas políticas.
Na política, confiança em longo prazo é produto altamente perecível, porque os fatos e circunstâncias se movem na mesma velocidade das nuvens; mas para o imediato é fundamental.
Para o mediado, o agora é já; ninguém larga a não de ninguém; este é outro momento; as eventuais contradições não interessam agora, o que interessa é o pacto deste novo instante, o acordado para esta nova ocasião.
Neste caso, a confiança recíproca é pedra de toque da relação política; é o que dá sustentação a qualquer projeto eleitoral.
Paulinos Bombeiros
Não existem, na Paraíba, emedebistas mais históricos, fiéis e convictos que os Paulinos de Guarabira, porta-estandarte do famoso vermelhão do brejo, de memoráveis campanhas conduzindo a bandeira do partido de Ulysses Guimarães.
Até pela própria relação de fidelidade com o partido, os Paulinos têm vez e voz no MDB.
Certamente confiante no histórico da família com o MDB, o deputado Raniery Paulino vai propor o ingresso do governador João Azevêdo no partido que é estadualmente presidido pelo senador Veneziano.
Primeiras dificuldades: quem mandaria em quem? João Azevêdo iria para o MDB como soldado pronto para bater continência para o general Veneziano, presidente do partido? Ou iria com o compromisso de, estando lá dentro, ser tão prestigiado quanto (ou mais) que Veneziano?
O governador João Azevêdo deixaria mesmo o partido atual para se aventurar em areia movediça do MDB, onde provavelmente não terá liderança sobre ninguém?
Como vemos, a missão dos Paulinos não será nada fácil…
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