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Opinião: O acolhimento de Lula a Ricardo também é um não à escola lavajatista de Moro

O ex-presidente Lula está pouco interessado se o retorno de Ricardo Coutinho ao PT é bom ou é ruim para a sua pré-candidatura. Embora, é claro, Lula e a cúpula petista nacional entendam que RC agrega o valor da autenticidade, da coragem e dos compromissos como os projetos e ações do chamado campo progressista.

Não é à toa todo esse apreço de Lula e da direção nacional do Partido dos Trabalhadores a Ricardo Coutinho; também tem razões bem claras a maneira triunfal como RC foi recebido de volta às fileiras do PT, apesar das escaramuças de um pequeno bloco de valiosos petistas.

A propósito, dia desses um petista histórico em conversa reservada com o colunista indagou-se: “Eu não entendo que dívida é esta que Lula tem com Ricardo Coutinho…”.

Reciprocidade
É fácil entender essa equação política. Há duas explicações básicas para esse amor recíproco de Lula por Ricardo.

Primeiro: a gratidão eterna de Lula ao ex-governador da Paraíba que, quando o ex-presidente era um “leproso” engaiolado nas grades da Polícia Federal, sob a perseguição implacável do então herói nacional Sérgio Moro, de Deltan Dallagnol e companhia, Ricardo Coutinho – em pleno exercício do mandato de governador, foi a Curitiba oferecer a sua solidariedade ao maior líder político da América Latina e um dos maiores presidentes da história do Brasil.

Segundo: quando Lula e as mais expressivas lideranças do PT nacional acolhem Ricardo Coutinho estão mais uma vez rechaçando o lavajatismo cujos prejuízos a este País todos nós já conhecemos.

Semelhança
Sim, porque há semelhanças muito profundas entre o que Lula sofreu de uma manobra notoriamente arquitetada e levada a efeito para possibilitar que Bolsonaro fosse eleito presidente do Brasil, e o que o ex-governador Ricardo Coutinho tem passado nos últimos tempos.

“Sei…”
Na Paraíba de hoje, como no Brasil de alguns meses atrás, parece até que a corrupção foi inventada na gestão de Ricardo Coutinho; que todos os governadores que lhe antecederam foram a fina-flor da decência e da honestidade.

O curioso é que tudo isso – assim como aconteceu com Lula- só veio à tona depois que RC perdeu o poder, a caneta.

Antes, era só elogio. Aliás, se a memória não me trai, Ricardo Coutinho recebeu medalhas e homenagens de instituições que têm o dever de zelar pela coisa pública; de fiscalizar a boa aplicação do dinheiro público.

Não tenham dúvida: Lula, melhor do que ninguém, sabe o que o ex-governador Ricardo tem enfrentado hoje.


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