A verdade é crua. Talvez possa ser amenizada com toques de sal. Desidratar é a palavra chave. E se formos ao Egito antigo, uma dinastia passava aos seus posteriores a chamada vida eterna. Poder, força bélica e eternidade com a preservação dos corpos salinos e derivações.
Claro, tais crendices não podem – ou poderiam- chegar ao nosso tempo, mas há algo muito próximo. Dar a César o que é de César. Os impostos são dos que têm poder. E isso nunca mudou na história da humanidade. Detalhe: bem antes do Império Romano a regra do jogo era essa. E aqui um ponto é fundamental, para colocar outro como uma bela âncora de um galeão espanhol.
Timoneiro, sem a menor experiência, passando a vida em escolas portuguesas, o deputado federal Pedro Cunha Lima é apenas uma sombra parda do seu avô, o poeta e ex-governador Ronaldo Cunha Lima, e uma versão amena do seu pai, o ex-senador Cássio Cunha Lima.
Não coloquei as legendas partidárias de cada um para resguardar a história. E o leitor entenderá a “pancada”. Ser volúvel, politicamente, é uma característica de Pedro Cunha Lima. Talvez tenha passado muito tempo em Coimbra (Portugal), perdendo o que a essência dos que nascem em Campina Grande floreariam. Eu sou de lá, e afirmo: é uma cidade dentro de um Estado. Quase como a Grécia antiga.
Perdeu a essência o rapaz Pedro. Não absorveu os ensinamentos do seu avô, Ronaldo Cunha Lima, que dispensa apresentação; e do pai, ex-governador e ex-senador pela Paraíba, Cássio Cunha Lima.
Pedro se mantém na política por ser um Cunha Lima
Pobre Pedro! Perdido. Seu capital eleitoral definha. Em 2014 recebeu 179.886 para deputado federal. Votação expressiva que se deve a seu pai. Em 2018 recebeu “módicos” 76.754 votos. Entrou a fórceps no Congresso.
E é de se constatar suas incoerências. Votou a favor da soltura do seu colega de Casa, deputado Daniel Silveira, que divulgou um vídeo no qual faz apologia ao AI-5, instrumento de repressão mais duro da ditadura militar, e defende a destituição dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Após, diz ser “radicalmente contra” a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que cria novas regras para a imunidade parlamentar e para a prisão de deputados e senadores, – chamada PEC da Imunidade.
Cássio já observou a falta de “tato” do filho
Infantil. Despreparado. Talvez o mandatário do clã cunha Lima já tenha observado que seu filho deve viver além-mar. Na Escola de Sagres, pois o Brasil, como diz o jargão, “não é para amadores”. Cassio ensaia sua retornada à vida pública, muito possivelmente no lugar do filho. Coimbra tem saudades de Pedro.
A cereja do bolo é Bruno ou não
Quem nasce na Paraíba com o sobrenome Cunha Lima tem, por si só, um bolo com a cereja. É o caso do perfeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima, bem alinhado com o governo do presidente Jair Bolsonaro. Pode acertar ou não o tiro no escuro. Só acho que um discurso colocando, por exemplo, o São João de Campina Grande em evidência, enquanto todos os órgãos de saúde sanitária – os que não são tolhidos pelo “mito”, estão preocupados com o avanço da pandemia, falar em festa é um erro grotesco, é algo a ser repensado. Até as Olimpíadas, eu falei Olimpíadas MUNDIAIS – poderão ser adiadas.
Os Cunha Lima têm que repensar
Por fim, o clã Cunha Lima tem que repensar suas estratégias políticas, sociais e econômicas em benefício da Paraíba. Caso contrário, haverá um racha que há muito não acontece na família. Ou sentam na mesa da conciliação, ou perderão tudo, ou quase tudo que Ronaldo Cunha Lima e seus antepassados construíram.