O Partido dos Trabalhadores, em terras da Parahyba, não foge da sua luta, e continua a ser um grande museu de novidades. Seguindo tal lógica, trouxe a agremiação para seus quadros, novamente, o ex-prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo, que dominava com mão donatária o já quase sepultado Partido Verde no estado. Exceto um pequeno núcleo de vereadores na capital, a sigla verdinha é inexpressiva do ponto de vista político. Um verdadeiro “picolé de manga”.
Pobre PT “paraibano”! Pobre por aceitar um político que deixou no caminho quase todos que estiveram ao seu lado. Sim! Falo de Luciano Cartaxo. Alguém que esteve no ostracismo, no ocaso, por assim dizer, da política paraibana. O ex-gestor não realizou boa parte dos compromissos políticos com aqueles outrora aliados. E o PT, o que faz? Com a batuta Jackson Macêdo, presidente estadual da sigla, adotou, novamente, o “filho ingrato”, o “pródigo”, no partido.
Filho ingrato? Claro! Pois nas últimas eleições presidenciais resolveu liberar filiados e a militância do partido – falo do PV – para ter a opção de escolher um candidato, entre Bolsonaro e Haddad, no segundo turno do pleito que definiu o atual presidente da República. No mínimo, a direção petista da Paraíba é um contraste que merece ser duramente questionado pela chamada legítima esquerda. Em tempo, Cartaxo saiu há muito das hostes petistas em um discurso que definia a sigla como sendo “um mar de lama”.
E aqui dou uma pontada, ou estocada, no ex-governador Ricardo Coutinho, que saiu das fileiras do PSB e está de volta ao PT. Antes ferrenho crítico de Cartaxo, hoje abraça o mesmo em comovente gesto de amor em suas redes sociais. Fato que, na minha avaliação, como ser humano, é algo patético, embora na política jaboti escale árvores.
Por fim, eis que o ex-prefeito de João Pessoa renasce, novamente, daquilo que restou, como a mitológica Fênix. Um pássaro originário da mitologia grega que quando morria era consumido pelo fogo e depois renascia das próprias cinzas. Hoje o ex-verde, ex-PT, ex-PSD, “ex-tudo”, volta para o berço do Partido dos Trabalhadores gritando “Lula, lá!”, por simples conveniência pessoal.
Apoio velado a Bolsonaro
Sabe, e entende Cartaxo, que o ex-presidente Lula está à frente nas pesquisas de opinião, colocando Bolsonaro, aquele que o mesmo deu, de forma velada, aval para sua militância apoiar, ou não, conforme os percentuais das urnas da época. Em 2018 ofertou o ainda prefeito de João Pessoa a chancela dos seus partidários para votar no “mito” como presidente da República. Fato que, todos sabem, aconteceu.
Uma observação…
Após 18 anos filiado ao PSB, Ricardo Coutinho retornou ao PT, partido que ajudou a fundar nos anos 80. E mais: nunca esteve na esfera das incertezas. Sempre apoio as gestões petistas no âmbito nacional, sendo, ele, um fiel aliado de Lula. Já Cartaxo, não.
Não sei, só sei que nada sei!
E sei! Todos sabem. Não é?
