De acordo com reportagem publicada no portal PB Agora, o governador João Azevêdo (Cidadania) teria avaliado que foi uma “precipitação desnecessária” a entrevista coletiva concedida pelo deputado federal Efraim Filho (Democratas) e o presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino (PSB).
Na entrevista, o deputado Efraim teria anunciado a adesão de Adriano Galdino à sua pré-candidatura ao Senado da República.
No balanço do que foi publicado por vários veículos de imprensa sobre o fato, o que não fica claro é por qual motivo o governador João Azevedo teria considerado a coletiva “uma precipitação desnecessária”.
Fica até a impressão de que, para João Azevêdo, só quem pode ter posição e política e fazer articulações é o governador, de modo que, os demais, para assumir qualquer postura, necessariamente terá de consultá-lo antes.
Como assim, um deputado federal que tem pretensões ao Senado e um presidente de Assembleia estadual têm que pedir licença ao governador do Estado para selar as composições políticas?
Afinal, qual é o problema de o deputado Efraim – principalmente ele que é pré-candidato majoritário – amealhar apoios, ainda mais importantes assim como como o do presidente da Assembleia Legislativa? Era de se estranhar se ele não se interessasse por um apoio dessa magnitude.
Dessa tempestade em copo d’água, o que também ficou de impressão é que o governador João Azevêdo foi pressionado por alguém que estava de olho no apoio de Adriano, mas chegou atrasado; ou simplesmente que a aliança de Efraim com Adriano fortalece a pré-candidatura do parlamentar ao Senado em detrimento de alguém; ou, também, de alguém que porventura tem os mesmos planos políticos que Adriano Galdino…
O governador João Azevêdo, entretanto, garante que não sofreu pressão de ninguém.
É natural, o elevado índice de rejeição do governador João Azevêdo, verificado pela pesquisa PBAgora/Datavox, pela visibilidade e exposição a que está exposto. João, enquanto isso, é muito bem avaliado pela esmagadora maioria do eleitorado paraibano para às eleições do próximo ano.
Às vezes é mais perigoso quando o político tem baixo índice de rejeição porque, de certa forma, isso denota que ele é pouco conhecido do eleitorado.
A pesquisa do PBAbora revelou: “Para o Governo do Estado, os pré-candidatos com maior rejeição são João Azevêdo (Cidadania) com 12,3%; Luciano Cartaxo (PV) com 10,9%; Romero Rodrigues (PSD) com 9,5% e Veneziano Vital do Rêgo com 9,1%.”
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