O grande dilema das oposições na Paraíba é escalar um nome com densidade eleitoral suficiente para enfrentar nas urnas o governador João Azevêdo, candidatíssimo à reeleição.
Dentre os nomes até agora cogitados, o que se apresenta com melhores condições para a disputa do cargo de governador em 2022, pelas oposições, é o ex-prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues. Mesmo assim, sem muita chance de empolgar o eleitorado. Até agora, é necessário frisar, Romero não empolgou nem os próprios correligionários de oposição.
Não significa dizer que o ex-prefeito campinense não possa, ao longo do processo eleitoral, deslanchar. Entretanto, esta é apenas uma possibilidade a depender dos desdobramentos dos fatos políticos futuros.
Além de não ter nomes de peso para uma disputa dessa magnitude, os partidos e lideranças que operam no campo das oposições parecem atordoados em meio a indefinições sobre qual seria mesmo o nome a ser escolhido para enfrentar o candidato do Palácio da Redenção, o governador João Azevêdo.
Caneta
Tudo bem que João Azevêdo de fato não é uma expressiva liderança política e que seu poder de fogo está limitado ao uso da caneta; ao Diário Oficial e ao comando de uma fabulosa máquina administrativa.
Pior mesmo é a situação das oposições, escassa de liderança e cujo poderio se limita, praticamente, ao direito democrático de estrebuchar.
Ultradireita
Como se não bastasse o inexpressivo leque de possíveis candidatos, um dos fatores que mais agregam dificuldade às chamadas oposições é o fato de a maioria dos partidos e lideranças que as representam serem figuras altamente comprometidas com o bolsonarismo, cujo inspirador maior, o presidente Jair Bolsonaro despenca, com gestão e tudo, nos índices de popularidade a cada nova pesquisa. Além de ter a cara do bolsonarismo, as oposições também não acenam com qualquer projeto de governo que se oponham ao de João Azevêdo e que, muito menos, atendam as expectativas do eleitorado ávido por mudanças.