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Opinião: pelos erros cometidos, Cartaxo poderá ser o prefeito que teve tudo, mas terminou sem nada ‘de poder’

Encontramos na vastidão dos livros de história que Flavio Rômulo Augusto foi elevado ao trono de Roma por seu pai, Flávio Orestes, em 31 de outubro de 475, tendo sido o último imperador romano do Ocidente. Um império que durou mil anos, dizem, mas que declinou em decorrência de vários aspectos, como traições, assassinatos, corrupção e “coisas” do gênero que acontecem, também, na política atual.

Em João Pessoa, aquele que observar com um mínimo de atenção, mesmo tendo miopia acentuada, verá que a “dinastia” do prefeito Luciano Cartaxo (PV) entrou em declínio em módicos sete anos. E não é preciso ser o “gênio da lâmpada” para identificar a derrocada. Seu egocentrismo, baixo poder para conduzir politicamente seus aliados, somado à obsessão que poderia ser traído por seu séquito o levou a um isolamento que, dificilmente, conseguirá reverter.

Cartaxo errou e continua errando. Errou quando desistiu em colocar seu nome a postulante ao governo do Estado faltando poucos dias para notabilizar a chapa majoritária. E mais deselegante: buscando uma pretensa desculpa disse, como Dom Pedro I, o famoso “Fico”. Só que na “regência” da prefeitura da Capital.

Um engodo, pois o alcaide sabia e sabe que está para implodir ou explodir o escândalo do Parque Solon de Lucena, a Lagoa, cujos desvios de verbas para as obras da sua revitalização, segundo a Controladoria Geral da União (CGU) chegam a R$ 10 milhões. Temendo um escândalo em plena campanha para o governo do Estado, Luciano Cartaxo recuou.

E seu desgaste só continuou. No meio dos seus aliados, e possíveis, impôs, como se forte respaldo político ainda tivesse, que apoiaria alguém ligado ao PV. Pronto: foi iniciado um processo de antropofagia dos que os cercam, em especial seu secretariado Verde.

E como se não bastasse tamanha fragilidade, o secretário da Ouvidoria Municipal da Capital, Benilton Lucena – em um áudio vazado – esmagou seu colega, Diego Tavares, que hoje responde pela pasta Desenvolvimento Social PMJP. Falou que o “rapaz” não tem qualificação e ponto final. Em tempo, Cartaxo tem certa predileção por Tavares.

E nesse mar de rosas, dotado de grandes espinhos venenosos, navega a nau de Luciano Cartaxo em processo de adernamento. E, claro, forças externas virão para naufragar o barco do Verde, cujos indícios de problemas administrativos, desvios de recursos federais e fidelidade política questionável dos seus ainda aliados podem levar a pique a embarcação do prefeito da Capital.

Seria ou será “Cartaxo, o breve”?

 

Eliabe Castor
PB Agora

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