Apesar de todas as turbulências que têm enfrentado, sempre na mira implacável Ministério Público, o ex-governador Ricardo Coutinho continua sendo uma das mais expressivas lideranças políticas da Paraíba.
A Pesquisa Datavox/PBAgora divulgada nesta sexta-feira (26) mostra que Coutinho é o preferido do eleitorado paraibano para preencher a única vaga que estará disponível no Senado para a Paraiba, em 2022.
Os novos números da corrida eleitoral na Paraíba apontam que o ex-governador Ricardo Coutinho (PT) lidera a disputa com 21,8% das intenções de voto. Em segundo lugar aparece o deputado federal Efraim Filho (DEM), com 15%. Em terceiro lugar, Aguinaldo Ribeiro, com 8,9% das intenções de votos.
Estes números sugerem uma projeção a menos que seja impedido por alguma ação judicial, Ricardo Coutinho provavelmente se elegeria senador com relativa tranquilidade, em 2022.
Esta preferência do eleitorado por Ricardo também é fruto de suas gestões à frente da Prefeirura de João Pessoa é do Governo da Paraiba, muito bem avaliados também em pesquisas. Sen esquecer que também teve mandatos de vereador e deputado estadual muito bem avaliados.
O segundo
O resultado da pesquisa também mostra que o deputado Efraim Morais não está para brincadeira. Portanto, quando diz que será candidato ao senador, com João Azevêdo, ou sem Joao, é porque está califado para uma disputa dessa envergadura.
Desde o início, quando manifestou o interesse de disputar o Senado, Efraim vem mostrando que sabe trabalhar e que tem respaldo suficiente para se lançar à arena pra brigar seja com quem for, independente do apoio do Palácio da Redenção.
Aguinaldo Ribeiro aparece na ribeira, e contra ele concorre um fato: não será fácil convencer o eleitor de votar nele já tendo no Senado Daniella Ribeiro, irmã do parlamentar. Dois senadores na mesma casa talvez seja concentração demais de poder numa família só.
Haverão de perguntar: mas na família Vital não tem mãe e filho senadores, no caso Nilda Gondim e Veneziano Vital? Sim, mas ela se tornou senadora mediante a morte do titular da cadeira, José Maranhão. Portanto, não foram os dois eleitos diretamente.
Estupidez
A teoria da estupidez de Bonhoeffer explica por que o Brasil deu nisso. Veja um fragmento do texto explicando:
A estupidez é um inimigo mais perigoso do que o mal. Diferente da estupidez, o mal tem as sementes da sua própria destruição”. A Teoria da Estupidez, descrita pelo teólogo, pastor e membro da resistência anti-nazista, Dietrich Bonhoeffer, explicaria perfeitamente o Brasil atual: a estupidez seria um fenômeno que está na raiz de todos os problemas. Diferente da canalhice e do mal-intencionado, a estupidez não é uma falha no caráter ou súbita suspensão da razão: é uma categoria sócio-psicológica, bem objetiva, com origens no funcionamento heurístico da nossa mente, sempre em busca de atalhos por meio de vieses cognitivos. E de todos os vieses, o efeito de rebanho é o mais proeminente. Por isso, a estupidez é orgulhosa de si mesma: tem a chancela do grupo, da “maioria”. Para Bonhoeffer, conhecer a natureza da estupidez é urgente porque, ao contrário do mal, contra a estupidez não temos defesa.