O que se viu na recepção do presidente Jair messias Bolsonaro, na Paraíba, por ocasião da inauguração de um novo ramal da transposição do Rio São Francisco, denota que o “mito” está mal de prestígio.
Bolsonaro está mal tanto com relação aos políticos quando com relação ao povo. Da bancada paraibana na Câmara Federal, não compareceu ninguém; da bancada estadual, apenas o deputado Cabo Gilberto; senador, nenhum, z-e-r-o.
O povo também não compareceu. Pelo menos as imagens divulgadas confirmaram o desprestígio popular do ex-festejado “mito”, que ficou em meio à poucos aplausos daqueles que o seguem incondicionalmente.
O amado
Não compareceu nem mesmo o ex-prefeito de Campina Grande, Romero Rodrigues, bolsonarista de primeira hora, que adesivou pra Bolsonaro na campanha presidencial anterior. Aquele mesmo Romero a quem Jair Messias Bolsonaro declarou amar.
Cássio Cunha Lima, ex-governador da Paraíba e que em recente visita de Bolsonaro apareceu – sem querer querendo – a um evento promovido em Campina Grande, com a presença do presidente, desta vez não passou nem perto.
Na verdade ninguém está querendo saber de Bolsonaro. Na Paraíba a exceção é o deputado estadual Cabo Gilberto, que não arreda o pé do bolsonarismo, apesar de Bolsonaro só lhe dar cartaz quando está praticamente sozinho e sem a presença de lideranças de peso.
De volta
Mas este desprezo da direita paraibana ao presidente Jair Bolsonaro pode ter um fim. Basta que, porventura, o “mito” cresça nas pesquisas e retome a popularidade. Aí, sim, todos começarão a correr de volta. Todo aquele povo que chegava junto de Bolsonaro, desde Romero Rodrigues a Cássio Cunha Lima, voltarão às boas com o “mito”.
Mas se não houver uma revirada nos índices de popularidade do presidente d República, chance zero de Bolsonaro contar novamente com o afago da direita paraibana.