Um autogolpe é uma forma de golpe de Estado que ocorre quando o líder de um país, que chegou ao poder através de meios legais, dissolve ou torna impotente o poder legislativo nacional e assume poderes extraordinários não concedidos em circunstâncias normais.
O parágrafo acima, copiado de dicionário, resume um sonho acalentado pelo atual presidente brasileiro, o “mito” Jair Messias Bolsonaro.
Quem estiver esperando por um autogolpe, pode tirar o cavalinho da chuva, ou deite-se para não cansar de esperar.
Não vai ter golpe, autogolpe ou qualquer outra coisa que se oponha ao estado democrático de direito que conquistamos com a redemocratização.
Ainda mais partido da cabeça de um presidente da República que está totalmente na contração dos anseios de sua nação, desgastado sob a acusação de principal responsável pelas quase 4 mil mortes diárias causadas pela Covid-19; que gradativamente perde apoio no âmbito das Forças Armadas, e despenca em popularidade por não entregar ao povo brasileiro o que havia prometido em campanha.
Pretexto
Mas supomos que Bolsonaro tivesse a seu favor o apoio das Forças Armadas, alto índice de aprovação popular etc e tal.
Qual seria o argumento para fundamentar um autogolpe?
Em nome do que e a quem serviria este projeto tão almejado pelo capitão?
O que de bom um autogolpe traria para o povo brasileiro, sobretudo neste momento caótico em que o País – graças também a Bolsonaro – tornou-se o epicentro do coronavírus para o mundo?
Não entende
Outro empecilho grande que Bolsonaro tem enfrentado para levar a cabo seu sonho de ditador é que ele, embora seja militar, pouco conhece dos meandros do militarismo. Até porque foi considerado na tropa um péssimo militar, que só não foi expulso do Exército num acordo que culminou com a sua ida para a reforma como capitão.
Dizem nos círculos próximos do militarismo, que Bolsonaro tem um pé atrás com militares de alta parente. E, por isso, estaria – sempre que possível – submetendo generais a humilhações. Já são oito, os que passaram por vexame nas mãos dele.
Com estas atitudes, Bolsonaro – que nunca foi bem visto pelos militares – apenas aumenta a sua área de atrito com os quartéis.
Tanto que, nos últimos dias, não faltaram generais bem estrelados a declarar que as Forças Armadas são uma instituição de Estado, não de governo, e que não estarão embarcando em canoas furadas e projetos que afrontem a Constituição e a democracia.
O recado já foi muito bem dado…
Em favor da cultura
O Senado acaba de aprovar uma emenda substitutiva, de autoria do senador Veneziano Vital (MDB-PB), para que os recursos que não foram utilizados no ano passado, por parte dos governos estaduais e municipais, destinados às instituições, cidadãos e entidades que tratam com a cultura, possam ser utilizados durante o ano de 2021.
Para o senador Veneziano Vital, “isso é muito importante, porque dos R$ 3 bilhões que foram transferidos, 65% não havia sido utilizados. E, com essa aprovação, esperando que a Câmara Federal também o faça, teremos os recursos remanescentes sendo disponibilizados com o auxílio à cultura”.