Para a aliança entre João Azevêdo (PSB) e Aguinaldo Ribeiro (PP) finalmente sair do papel, não tem jeito. Um dos dois vai ter que abrir mão de algumas exigências, ou ambos. Talvez, seja a delicadeza dessa sintonia fina que esteja atrasando a formalização dessa aliança, esperada desde o rompimento do pré-candidato a senador Efraim Filho (União Brasil) com o governador.
Se pelo lado de João há a exigência de uma unidade, inclusive no voto para presidente, que deve ser em Lula (PT), Aguinaldo cobra que os aliados de João declarem voto nele.
De momento, as duas realidades parecem distantes. Nomes do Progressistas como Galego Souza, Emerson Panta, Jane Panta e Eliza Virgínia, por exemplo, ainda não deram mostras de que querem votar em João. Emerson Panta e Jante Panta, pelo contrário, tem uma relação complicada com o governador por conta da questão da privatização da água em Santa Rita. Já Eliza, vereadora ultraconservadora, não deve aceitar votar em Lula tão fácil.
No lado do governo, por sua vez, várias lideranças políticas do Republicanos não querem abrir mão do apoio a Efraim Filho. Eles argumentam que o apoio ao pré-candidato do União Brasil foi firmado antes do apoio oficial à reeleição de João Azevêdo. No entanto, há a possibilidade de que alguns nomes da legenda aceitem, após conversarem com João, votar em Aguinaldo. Outros nomes, como o do deputado Taciano Diniz (União Brasil), da base governista, já deixaram claro que não abrem mão de votar em Efraim sob hipótese alguma.
Como narrado, é um cenário complicado, com diversos interesses e cada caso terá que ser analisado individualmente. Os dois grupos terão que conseguir reverter essa rejeição cruzada de seus componentes e não vai ser fácil chegar a um denominador comum e a unanimidade é virtualmente impossível.
Talvez, seja todos esses fatores complicadores que esteja fazendo a formalização da aliança demorar tanto para ser efetivada.
Feliphe Rojas
PB Agora
