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Opinião: Ricardo Coutinho ainda não faz parte do PT, mas já causa guerra interna dentro do partido

“O objeto principal da política é criar a amizade entre membros da cidade”. A frase, proferida pelo filósofo grego de nome Aristóteles, há pelo menos 300 anos antes de Cristo, caiu em desuso. E tal fenômeno é explicado pela “nova” ordem mundial. Não interessa, de maneira macro, seguir algo meramente utópico.

A política é, sem dúvida, severa e, muitas vezes, desumana e pouco ética. E na minha observação vejo o deputado estadual Anísio Maia (PT) ser posto no cadafalso da hipocrisia.

Todos sabem a problemática. O ex-governador Ricardo Coutinho – que desestruturou o PSB paraibano – retornará em setembro ao Partido dos Trabalhadores com salvo-conduto de general.

Maia é contrário à “reintegração de posse” do ex-gestor da Paraíba, assim como o deputado federal petista Frei Anastácio. Ambos discordam do seu retorno; devidamente autorizado pela presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), deputada federal Gleisi Hoffmann e o ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

Alguns setores petistas fizeram uma reunião e manifestaram o descontentamento com a provável vinda do ex-governador para o partido. Mas não adianta. Quem se contrapõe às instâncias superiores da agremiação partidária é punido – em muitos casos – com ou sem ares de gravidade. Mas o cabresto vem.

Entenda o caso – Maia é investigado por ter mantido a sua candidatura a prefeito de João Pessoa em 2020, mesmo após o PT estadual e nacional terem deliberado por apoiar o candidato do PSB na época, Ricardo Coutinho.

“A direção nacional tomou uma decisão contra uma tática eleitoral em João Pessoa e à revelia da posição nacional do deputado Anísio Maia e outras pessoas que foram contra e mantiveram a candidatura (a prefeito em 2020), que foi o pior fracasso para a pior votação que o Partido dos Trabalhadores teve na historia em João Pessoa”, disse a secretária de Organização do PT, Sônia Braga, que é autora da denúncia contra o parlamentar.

Para Sônia Braga, o deputado descumpriu uma orientação nacional. “Eu que fiz a denúncia, eu que assinei como membro da executiva nacional que fui encarregada de acompanhar o processo , no final eu assinei um pedido de comissão de ética. Portanto, a comissão de ética do partido está funcionando. E nessa sexta-feira (03) teremos mais de uma fase dessa comissão de ética”, frisou.

Sônia Braga, títere do PT

Em tempo, observo a senhora Sônia Braga, secretária de Organização do PT, que é autora da denúncia contra o parlamentar, um mero fantoche a serviço da cúpula do Partido dos Trabalhadores em caráter nacional, pois é muita coincidência a mesma “provocar” tal escarcéu para justificar a liderança de Coutinho no partido que ele migrará.

Eliabe Castor
PB Agora


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