A Paraíba o tempo todo  |

Opinião: sem Zenóbio na parada, “vermelhão” dos Paulinos tem tudo para virar a gangorra

Apesar da distância que ainda nos separa das eleições municipais deste ano, significando, portanto, que muita água ainda vai rolar sob a ponte, a projeção inicial que parece mais lógica sobre a política de Guarabira é de que, desta vez, a gangorra vai pender favoravelmente aos Paulinos.

Além de historicamente serem muito fortes na política guarabirense, o principal adversário dos Paulinos, o ex-prefeito Zenóbio Toscano – que faleceu muito recentemente – não estará presente no cenário na disputa. A ausência de Toscano é um desfalque imensurável para o grupo situacionista em Guarabira.

Ainda não se sabe ao certo quem será o candidato do MDB à Prefeitura daquele Município, se Roberto Paulino ou o seu filho Raniery Paulino, deputado estadual que há dois dias renunciou à liderança das oposições para se compor com o grupo do governador João Azevêdo.

O que se sabe é que, independente do candidato, o “vermelhão” dos Paulinos vai invadir as ruas guarabirenses com notória vantagem sobre os adversários. Evidentemente considerando a falta de Zenóbio Toscano para fazer um enfrentamento à altura.

Além disso, os Paulinos vão pra luta com o apoio do governador João Azevêdo e o seu partido. E mais: ao seu favor também se contabiliza a gestão do atual prefeito de Guarabira Marcus Diôgo, sucessor de Zenóbio Toscano, e que não tem agradado a uma boa parte da população guarabirense.

Herdeira
Não se pode, naturalmente, menosprezar a capacidade política da deputada estadual Camila Toscano. Afinal, é uma jovem parlamentar nascida e criada dentro da política, de uma atuação na Assembleia Legislativa digna dos melhores registros. No entanto, ainda não podemos avaliar o potencial eleitoral de Camila sem a chancela do velho e respeitado cacique Zenóbio, o seu pai.

Independente disso, Camila Toscano já demonstrou que pelo fato de haver perdido o seu tutor político, o próprio pai Zenóbio, não significa que vai entregar os pontos. Muito pelo contrário: a propósito de declarações de Raniery Paulino de que o seu grupo estaria aberto a uma composição com os adversários, Camila apressou-se em rechaçar a ideia com um sonoro jamais.

Marcando território
Embora não se saiba com certeza se a Camila com Zenóbio é a mesma sem ele, o fato é que ela, naturalmente, quer deixar o seu território político demarcado de modo a não desprezar o valioso espólio político herdado do pai.

Com chance ou sem chance de vitória, o fato é que Camila não é nem um pouco tola pra se juntar com os adversários, abdicando do protagonismo no grupo situacionista, para se juntar com os históricos adversários.

 

Wellington Farias
PB Agora

    VEJA TAMBÉM

    Comunicar Erros!

    Preencha o formulário para comunicar à Redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta matéria do PBAgora.

      Utilizamos ferramentas e serviços de terceiros que utilizam cookies. Essas ferramentas nos ajudam a oferecer uma melhor experiência de navegação no site. Ao clicar no botão “PROSSEGUIR”, ou continuar a visualizar nosso site, você concorda com o uso de cookies em nosso site.
      Total
      0
      Compartilhe