Até o meu próprio amigo pessoal em quem eu tanto confiava, com quem eu comia o pão, traiu-me! Salmo 41.9.
O Senador falastrão, Jorge Kajuru, pelo Estado de Goiás, pôs as unhas de fora. De um modo covarde e frio expôs uma conversa íntima feita em confiança através de uma chamada telefônica do presidente Jair Bolsonaro a sua pessoa, a execração pública. Bolsonaro, como sempre, abre o coração e solta pela boca tudo o que pensa sem medir as consequências. Dessa vez, deve haver aprendido mais uma lição aos seus 66 anos de idade.
Não ponderou a fazer as seguintes perguntas a si mesmo antes de começar a conversa com o Kajuru: Com quem estou a falar? O que irei falar? Até onde essa pessoa merece minha confiança? A atitude de Kajuru no item confiança, há sido reprovada até por inimigos de Bolsonaro. Jorge Kajuru agiu de má fé e de uma covardia sem limites. Muitas vezes inimigos entre si se respeitam e se resguardam em divulgação de conversas íntimas mantidas com seu algoz. O Senador Jorge Kajuru desceu até o mais baixo nível da traição.
O ex-deputado Roberto Jefferson já havia ponderado meses antes da ingenuidade política do Jair Bolsonaro no programa “Pingos nos Is” da Rádio Jovem Pan. Apesar dos seus 28 anos de parlamento, o Capitão não captou toda malícia e perspicácia de grande parte daqueles que formam aquelas duas casas legislativas em Brasília. A traição vivida na pele que experimentou nesse passado fim de semana, com o Presidente Jair Bolsonaro, pode dar-se com cada um de nós.
Na verdade, não estamos livres de cairmos numa trampa dessa. Se é que um dia já não caímos. Desejo a Bolsonaro uma saída honrosa dessa espúria trampa que lhe foi preparada por uma serpente astuta chamada Jorge Kajuru. Essa foi uma atitude deslavada e desleal, tomada por um homem que deveria pela sua trajetória e legado no mundo da comunicação ter agido de um modo sensato, equilibrado e sóbrio. Já dizia um amigo meu: “Quem tem um amigo desse não necessita de inimigos.”