O silêncio do ex-prefeito de Campina Grande e pré-candidato ao Governo do Estado, Romero Rodrigues (PSD), não ajuda em nada a sua situação.
Atualmente, ele convive com a desconfiança de seus aliados da oposição, desde os bolsonaristas doentes aos mais moderados, que defendem uma terceira via – a exemplo do deputado federal Pedro Cunha Lima que, por enquanto, mantém o apoio do PSDB (partido que preside na Paraíba) a Romero.
Para os bolsonaristas, como Nilvan Ferreira e Wallber Virgolino, falta um alinhamento maior com o presidente. Para os mais moderados, falta energia de Romero na pré-campanha, o famoso colocar o “bloco na rua”.
Não fosse tudo isso ruim o suficiente, ele ainda vê o distanciamento do seu “afilhado” político, o atual prefeito de Campina Grande Bruno Cunha Lima (PSD), que demitiu um secretário que “herdou” de Romero e agora acena com a possibilidade de deixar a legenda, que é presidida pelo ex-prefeito na Paraíba.
Enquanto isso, Romero silencia. Não responde aos questionamentos e cobranças das lideranças de oposição e nem da imprensa. Em suas raras entrevistas, as respostas são escorregadias e sem firmeza. Nos próximos dias, se submeterá a uma cirurgia no ombro e deve sumir da vida pública por um período.
Qual é a sua estratégia com essa postura? Será um recuo para, em breve, anunciar a pré-candidatura para outro cargo – já que as pesquisas mostram larga vantagem de seu concorrente ao Governo do Estado, João Azevêdo? Mais, por quanto tempo a oposição vai ter paciência com essa indefinição de Romero?
A resposta para a segunda pergunta é mais fácil de prever: não por muito mais tempo.
Feliphe Rojas
PB Agora
