A força do G11 é inquestionável. O bloco é formado pela mais pura “miscigenação” de votos. Todos advindos das variadas regiões do Estado, algo que põe em rota de colisão as relações de poder entre o Executivo e parte do Legislativo, quando equacionado e medido seus respectivos “aportes” eleitorais. E na ótica dos mais “agressivos” do grupo quase “separatista”, figura o deputado Tião Gomes, que “reside” na Casa de Epitácio Pessoa por sucessivos mandatos, muito em parte pelas benesses do seu “feudo eleitoral”, estando seu “porto seguro” no município de Areia e adjacências.
Tião está centrado na velha política, cuja sua formação é a mais ortodoxa e anacrônica possível, entendendo que o Parlamento é soberano. Um “castelo” que precisa ser respeitado, diria intocável. Essa é a essência dos velhos coronéis, mas em tempos de hoje o povo pede a extinção do “baronato”. Cabe ao parlamentar (Tião) entender que os velhos engenhos já não põem suas moendas para adoçar a vida dos ditos “bastardos”. É preciso uma adequação, caso contrário pode ser seu último mandato na AL.
Na outra ponta chega ao governo da Paraíba um técnico, pouco afeito com os meandros políticos. E todos sabem que a última querela entre governo do Estado e Assembleia Legislativa surgiu com a eleição e permanência do atual presidente da Casa, Adriano Galdino. Ele foi o “preferido” para a condução do primeiro e segundo biênio legislativo. O que contrariou o Palácio da Redenção e muitos dos seus aliados.
E no assar, espocar e fritar dos ovos, foi Tião Gomes uma das figuras que quebrou, ou provocou, a quebra do acordo entre Legislativo e Executivo. Importante lembrar que o deputado licenciado Hervázio Bezerra foi “sacado” da presidência da AL para o segundo biênio, e todos apontam quem foi o “Judas”; ou aquele que “soprou” nos seus tímpanos. E agora? E agora devo informar que o G11, estando à frente da “coalizão” o neófito Júnior Araújo, deve ficar à espreita para ver o que acontece na estratégia dos que estão na “insurgência”. Não há muito espaço para ser fogo e água ao mesmo tempo.
Em tempo, o G11 tem nomes ponderados e afeitos com o crescimento da Paraíba, a exemplo dos deputados Felipe Leitão, vice-líder do grupo, e Pollyana Dutra. No entendimento político, esse grupo, heterogêneo, deveria centrar seus esforços para a estabilidade política da atual gestão do Executivo em benefício do povo.
Contudo, o deputado que tem seu reduto eleitoral na terra de José e Pedro Américo busca o fisiologismo. A velha “troca de favores”, algo pouco tolerável em dias atuais. Por fim, e hora de rever os conceitos. Foi-se o tempo da “A Bagaceira”. Tião sabe disso e pode contribuir, de forma efetiva, com o seu mandato em benefício do povo. A posição de “arquiteto de ventríloquo” não lhe cabe bem.
Eliabe Castor
PB Agora