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Opinião – Vice na chapa de João Azevêdo não será para qualquer um: tem que ter cacife

Há muitas especulações acerca de quem poderá ser o candidato a vice-governador na chapa de João Azevêdo – candidato à reeleição de governador e, até agora, franco favorito.
São especulações que, na maioria das vezes, atendem a tentativas orquestradas de emplacar este ou aquele nome, desta ou daquela região. Tudo em vão.

A escolha do vice de João não será fácil. Até porque, como já dissemos neste mesmo espaço, em ocasião anterior, a vice na chapa de João é, sem dúvida nenhuma, um dos cargos mais cobiçados nesta sucessão que se aproxima.

Motivo: em caso de se reeleger governador, Azevêdo provavelmente disputará a Câmara Federal ou Senado, na eleição seguinte. De forma que, dez meses antes de concluir o provável segundo mandado, terá que se desincompatibilizar do cargo de governador, passando ao seu vice.

Desse modelo
Significa, portanto, que quem for para a chapa de João Azevêdo, certamente ganhará o governo de mão beijada, sem precisar disputar mandato com ninguém, independente de opinião e vontade de partido ou de quem quer que seja.

E mais: este sortudo ainda poderá disputar a reeleição de governador no pleito seguinte.
Portanto, está claro que a vice será um dos cargos mais disputados nas próximas eleições. O que significa dizer que é moeda de troca de grande valor para se negociar as articulações, as alianças políticas.

Terá que ter cacife, milho na mochila, para poder posar na chapa de João Azevêdo como o seu vice.

E se João Azevêdo tem tão valioso trunfo nas mãos, alguém acredita que ele vai entregar a qualquer um, sem uma grande contrapartida para reforçar a sua candidatura?
Claro que não.

O pretenso candidato a vice-governador vai ter que ter ou muito dinheiro para bancar a campanha, ou um partido forte e fundamental para a formação da aliança, ou algo que o valha.

O mal por si…
Os deputados Wallber Virgolino e Julian Lemos, bolsonaristas de primeiríssima hora, andam se engalfinhando, verbalmente.

Parece até que ambos não pensam do mesmo jeito e não têm a mesma ideologia.

É bom lembrar que os dois foram, na Paraíba, figuras das mais empenhadas em convencer o eleitorado de que Jair Bolsonaro era a fina-flor da honestidade, da honradez e o melhor para o Brasil.

Julian foi desprestigiado no governo Bolsonaro mas, mesmo assim, seguiu votando nas matérias de interesse do governo até bem pouco tempo. Agora, parece estar rompido e apoiando as pretensões de Sergio Moro.


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